Homem é indiciado por suposto plano de atacar Bolsonaro

Homem é indiciado por suposto plano de atacar Bolsonaro

Nesta quarta-feira, 11, a Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre um suposto ataque contra o presidente Jair Bolsonaro. Um homem foi indiciado pelo crime de atentado contra a liberdade pessoal do presidente, já que teria planejado um suposto ataque para ser executado no dia 29 de novembro de 2019, na cidade de Três Corações, em Minas Gerais. Bolsonaro foi até a cidade para participar de uma formatura em uma Unidade Militar.

A investigação começou por causa de mensagens e vídeos feitos por esse homem. O conteúdo, divulgado em uma rede social, possuía inúmeras menções de atacar Bolsonaro, segundo a PF. Um dos vídeos chamou a atenção dos policiais, pois nele o investigado afiava o cabo de uma escova de dente para transformá-la em um instrumento de perfuração não identificável por detectores de metal.

O homem tinha 25 anos e trabalhava como terceirizado no local visitado por Bolsonaro. Ele foi detido e conduzido à Delegacia de Polícia Federal em Varginha. Na investigação, a PF realizou mandados de busca, além de proceder com oitivas, diligências de campo e cruzamento de informações do material apreendido.

O inquérito policial concluiu que o investigado manifestou e tinha a intenção de atentar contra a vida de Bolsonaro, sendo indiciado pelo crime de atentado contra a liberdade pessoal do Presidente da República (artigo 28, da Lei de Segurança Nacional). Se condenado, ele pode cumprir até 12 anos de reclusão.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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