Homem é investigado por divulgar deepfakes de mulheres em sites pornográficos: o que fazer em casos de crime virtual

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Homem é investigado por manipular e divulgar imagens falsas de mulheres em sites pornográficos

O material era produzido a partir de fotografias reais de mulheres, coletadas em perfis públicos nas redes sociais, sem o conhecimento e permissão das vítimas. As montagens, que incluíam a remoção digital das roupas das vítimas, simulavam nudez e eram divulgadas em um perfil falso em um site de conteúdo adulto.

Um homem de 27 anos está sendo investigado pela Polícia Civil por suspeita de produzir e compartilhar imagens e vídeos íntimos falsos de mulheres em Fortaleza, estado do Ceará. O suspeito, segundo as autoridades policiais, utilizava tecnologia de inteligência artificial para inserir os rostos das vítimas em vídeos pornográficos, prática conhecida como “deepfake”.

Foram identificadas oito mulheres como vítimas desse crime, todas residentes na região de Fortaleza. Com base nas provas coletadas, o homem foi indiciado pelos crimes previstos nos artigos 216-B e 218-C do Código Penal Brasileiro, relacionados ao registro não autorizado da intimidade sexual e à divulgação de cenas de sexo, nudez ou pornografia manipulada.

A Polícia Civil orienta que vítimas de crimes dessa natureza busquem imediatamente a delegacia especializada ou registrem boletim de ocorrência em qualquer unidade policial. Também é possível realizar o registro por meio da Delegacia Eletrônica, disponível no site oficial da polícia do estado do Ceará. O caso será encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as devidas providências legais.

Além do impacto pessoal e emocional nas vítimas, a divulgação de imagens falsas e manipuladas de mulheres em sites pornográficos representa uma grave violação de direitos e um crime passível de punição judicial. A prática de deepfake, que utiliza tecnologia para distorcer a realidade, vem se tornando cada vez mais frequente e requer ação rigorosa por parte das autoridades e da sociedade como um todo.

Com o avanço da tecnologia e a disseminação de conteúdo online, é fundamental conscientizar a população sobre os riscos e consequências dessas práticas ilegais. A proteção da intimidade e da privacidade das pessoas, especialmente das mulheres, deve ser uma prioridade e a punição de criminosos que se utilizam de artifícios fraudulentos para violar esses direitos é fundamental para garantir a segurança e a dignidade de todos. A luta contra a manipulação e a divulgação indevida de imagens íntimas é um dever de todos os cidadãos e das instituições responsáveis pela justiça e pela segurança pública.

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