Homem é o quinto paciente curado de HIV no mundo

Um alemão, de 53 anos, foi curado do HIV – vírus que provoca a AIDS – após receber um transplante de células-tronco em 2014, de acordo com um artigo publicado na Nature Medicine, revista inglesa que aborda qualquer um dos aspectos da medicina. Pesquisadores afirmam que ele é o quinto a ser curado do vírus – que afeta mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo – após se submeter ao procedimento.

O homem – chamado de “o paciente de Düsseldorf” – não tem vestígios detectáveis do vírus HIV, disseram pesquisadores, e parou de tomar a medicação para o HIV em 2019. O Dr. Björn-Erik Ole Jensen, médico do paciente, disse em uma conferência em 2019 que o homem não apresentava sinais de HIV ativo, mas não declarou que o vírus estivesse “em remissão”. Em uma entrevista para a ABC News, Jensen afirmou que o alemão está “realmente curado” e não que o vírus está em “remissão de longo prazo”.

Mais de 40 milhões de pessoas morreram de Aids desde o início da epidemia, no início dos anos 1980. A primeira pessoa a ser curada do HIV foi Timothy Ray Brown, referido pelos pesquisadores como “o paciente de Berlim” em descobertas publicadas em 2009. Três outras pessoas também foram curadas, incluindo “o paciente de Londres” em 2019, o paciente “The City of Hope” e “pacientes de New York” em 2022.

Todos os quatro foram submetidos a transplantes de células-tronco – um procedimento de alto risco também conhecido como transplante de medula óssea – para tratar câncer de sangue e receberam uma mutação resistente ao HIV de seus doadores, que exclui uma proteína que o vírus normalmente usa para entrar nas células sanguíneas.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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