Homem é preso em Aparecida por estuprar filha por cinco anos e engravidá-la

Prisão preventiva foi solicitada após o homem se recusar a comparecer à delegacia

Um homem foi detido nesta quarta-feira, 24, sob acusação de estuprar e engravidar a própria filha em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A adolescente, atualmente com 15 anos, teria sido vítima de abuso desde os 10 anos de idade e recentemente deu à luz, segundo informações da Polícia Civil.

O nome do suspeito não foi divulgado pela Polícia Civil, visando preservar a identidade da jovem. Até o momento, a defesa do preso não se manifestou publicamente, dificultando qualquer contato ou declaração sobre o caso.

A delegada Sayonara Lemgruber, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, afirmou que o caso foi revelado à polícia por meio de diversas denúncias. “Recebemos relatos da escola, do Conselho Tutelar e de fontes anônimas”, disse a delegada.

Lemgruber destacou que os investigadores realizaram múltiplas diligências ao longo da investigação. Segundo ela, a prisão preventiva foi solicitada após o homem se recusar a comparecer à delegacia e cooperar com as autoridades durante as investigações.

Pena

O homem pode responder por Estupro de Vulnerável (Art. 217-A do Código Penal), quando há conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, ou com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. A pena prevista é de reclusão de 8 a 15 anos.

Em todos os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, é fundamental denunciar imediatamente às autoridades competentes para que medidas legais sejam tomadas e a vítima possa receber assistência adequada. A legislação brasileira busca assegurar a proteção dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes e a punição efetiva dos agressores.

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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