Homem é preso por atacar vizinha com foice após briga por lixo, em Goiânia

Homem é preso por atacar vizinha com foice após briga por lixo, em Goiânia

Um homem, de 44 anos, foi preso suspeito de tentar matar a vizinha com golpes de foice após uma discussão por conta do local onde foi descartado um lixo. A vítima que mora no Jardim Conquista, em Goiânia, foi atacada pelo homem na última terça-feira, 9 . As brigas entre a Dulcilene Ribeiro da Silva, de 56 anos, e o autor, no entanto, já duram mais de dois anos.

“Ele pegou um facão, subiu no telhado e pulou para dentro de casa. Eu tentei me defender com o braço e acabou cortando, assim como nas costas”, disse Dulcilene ao G1.

A esposa do homem, por outro lado, contou que os vizinhos sempre jogaram lixo no lote deles, além de óleo de cozinha e até pedras. Ainda de acordo com ela, o filho da vizinha foi quem invadiu o lote deles, sendo que o homem usou a foice para se defender.

“O filho dela subiu no meu telhado. A gente ligou para polícia umas quatro vezes e falamos com eles. Daí, meu esposo pegou uma escada para ver. Daí, ele desceu, pulou para casa dele e voltou com uma cadeira pra cima do meu marido, e a vizinha segurando o filho. Neste momento a foice deve ter atingido ela, mas ele estava se defendendo”, contou a esposa do homem.

Contradições 

Contradizendo as afirmações da mulher, Dulcilene que precisou ser levada para o Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) depois de ser atacada, diz que o lixo era depositado pelos vizinhos na casa dela. 

“Desde o dia que mudei pra lá, eles jogam lixo no meu lote. Eu fiquei calada, peguei e joguei fora. Não falei para o meu filho para não ter atrito. Eles já jogaram água de esgoto na janela do quarto do meu filho e ele também ficou calado”, disse Dulcilene.

O filho da vítima, que já se recupera em casa, chegou a fazer um vídeo da mãe mostrando os ferimentos e as escoriações na mão causadas pela foice. 

“Ele ameaçava dizendo que ia nos matar. Ele acabou com minha casa, tem telhado e porta de vidro quebrados. Acabou com a minha vida e a do meu filho. Eu quero justiça e ele na cadeia”, relatou ela.

Segundo a PM, o suspeito foi preso na porta de casa e encaminhado para a Central de Flagrantes. Se indiciado e condenado, ele pode responder por tentativa de homicídio. Em abril deste ano, os vizinhos fizeram uma sessão de conciliação na Justiça. O suspeito assinou e assumiu o compromisso de não ameaçar as vítimas nem de manter contato, mas segundo Dulcilene as ameaças não pararam.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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