Mulher foi mantida em cárcere privado, segundo a polícia — Foto: RPC
No Paraná, um homem foi preso pelos crimes de tortura, cárcere privado e lesão corporal após agredir e manter sua ex-companheira em situação de violência extrema. O agressor, de 39 anos, utilizou um machado e uma enxada para agredir a vítima na zona rural de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. A mulher relatou ter sido espancada com violência, incluindo golpes com o machado na perna, socos, chutes e a crueldade de ter parte do cabelo cortado.
As agressões começaram em 11 de maio, logo após o casal retornar de uma comemoração do Dia das Mães. No momento em que chegaram à chácara onde moravam, a vítima tentou fugir, mas foi impedida pelo agressor e submetida a mais violência. O homem confiscou o celular da mulher, privando-a de comunicação com o mundo exterior, e a arrastou pelos cabelos na direção de uma fogueira, demonstrando total controle sobre ela.
Após quatro dias de sofrimento, a vítima conseguiu escapar até a casa de uma vizinha, que acionou as autoridades policiais e uma ambulância para prestar socorro. Em seu depoimento, a mulher relatou que vivia sob constante vigilância do agressor, impossibilitada de buscar ajuda ou fugir da situação de cárcere privado. O agressor foi detido preventivamente após o depoimento da vítima, que se submeteu a uma semana de internação devido à gravidade de seus ferimentos.
O histórico do agressor revelou passagens anteriores pela polícia, por crimes como ameaça, importunação sexual e roubo, o que agravou a situação. Após a prisão preventiva do homem ser solicitada pela delegacia responsável, autoridades localizaram o agressor através do sinal emitido pela tornozeleira eletrônica que deveria usar, dando prosseguimento às medidas legais cabíveis.
A triste história de violência enfrentada por essa mulher alerta para a importância de denunciar casos de violência doméstica e estar ciente dos canais de denúncia disponíveis, mostrando que é possível buscar ajuda e escapar de um relacionamento abusivo. A liberdade da vítima e a responsabilização do agressor são passos cruciais na luta contra a violência de gênero e na proteção das vítimas. A conscientização e a solidariedade da sociedade são fundamentais para combater esse tipo de violência. Contudo, a vítima deve ser assistida e protegida, garantindo a sua integridade e segurança.