Homem é preso por desmatar 1 milhão de m² e tentar culpar caseiro – Crime ambiental no Paraná

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Homem é preso por desmatar mais de 1 milhão de m² e tentar culpar caseiro por um dos maiores crimes ambientais já apurados no estado do Paraná. As informações são da Polícia Civil e Militar Ambiental. De acordo com o delegado Thiago França Nunes, o suspeito de 31 anos de idade destruiu 106 hectares de Mata Atlântica com fogo, equipamentos mecânicos e produtos químicos, afetando áreas de Preservação Permanente (APP) e espécies nativas ameaçadas de extinção.

Após a expedição do mandado de prisão preventiva, equipes policiais foram até a casa do homem, que fica na área rural de Rio Azul, no Paraná. No entanto, ao ver as viaturas, ele fugiu do local, conseguindo escapar dos policiais. No dia seguinte, o suspeito se apresentou à delegacia acompanhado de seu advogado e foi detido.

O suspeito foi indiciado pela Polícia Civil por crimes ambientais previstos na Lei nº 9.605/98, que tipificam a destruição de vegetação primária ou secundária do Bioma Mata Atlântica em estágio avançado de regeneração, incluindo áreas de preservação permanente. Além disso, ele foi autuado por falsificação de documento particular e fraude processual, resultando em multas no valor de R$ 862 mil e apreensões de maquinários, madeira e animais.

As investigações revelaram que o suspeito promoveu a destruição intencional de aproximadamente 106 hectares de Floresta Ombrófila Mista (Mata Atlântica) em estágio médio a avançado de regeneração, em Rio Azul. O desmatamento afetou áreas de preservação permanente, como nascentes, margens de córregos e áreas úmidas, impactando espécies nativas ameaçadas de extinção.

O delegado destaca a gravidade e a extensão do dano ambiental causado, indicando que a degradação da área mostra um histórico de ações voltadas à descaracterização ambiental. O uso de produtos químicos também é preocupante, afetando as funções ecossistêmicas da área e dificultando sua percepção por meio de monitoramento de imagens.

Fica evidente que o caso representa um dos maiores crimes ambientais já apurados no Paraná, tanto pela extensão da área degradada quanto pelos métodos sofisticados empregados. O suspeito tentou culpar o caseiro da propriedade pelos crimes, apresentando um contrato com fortes indícios de falsidade, e mantendo-o em condição análoga à de escravidão. A Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho foram acionados para tomar providências em relação ao caso. Na busca por justiça ambiental, é fundamental responsabilizar os culpados e proteger o meio ambiente para as futuras gerações.

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