Homem é preso por fraudar R$ 50 milhões do programa Auxílio Emergencial

Homem é preso por fraudar R$ 50 milhões do programa Auxílio Emergencial

Um homem foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 7, em Goiânia, suspeito de participar de uma quadrilha que fraudou saques e transferências do programa Auxílio Emergencial, que foi pago pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19. O valor movimentado pelos criminosos chega a R$ 50 milhões.

Além do mandado de prisão, a corporação também cumpriu 13 mandados de busca na capital e um mandado em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal.

Ao todo, a PF mobilizou 200 policiais para cumprir mandados em Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.

A polícia apurou que o grupo fraudou 10 mil contas de beneficiários do programa. São 37 investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa.

Investigação

A investigação começou em agosto de 2020, com base em informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal à PF de Brasília. O banco identificou 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor de R$ 54 mil. 

O valor foi desviado para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba, em São Paulo. O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes estavam situados nos estados de Goiás e Rondônia.

No decorrer da investigação, a polícia apurou que os investigados receberam valores de ao menos 359 contas do Auxílio Emergencial, fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp