Homem é preso por furto e estupro de vulnerável, em Goiânia

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) prendeu nesta terça-feira, 28, o catador de papel Lucas Moisés Nunes de Jesus, de 33 anos, suspeito de cometer furtos em uma clínica do Setor Marista, em Goiânia. Mas, a partir da comparação do material genético colhido agora, com aquele contido no banco de dados, a polícia conseguiu associar o acusado a um crime anterior, de estupro de vulnerável, praticado em 2021. 

Tudo começou quando o autor furtou mais de R$ 13 mil em duas ações, que aconteceram em 2020. Já em setembro de 2021, o suspeito cometeu um segundo crime, desta vez, levando um aparelho celular, o que resultou na prisão dele em flagrante, por furto qualificado.

Nesta ação, os militares coletaram amostras de DNA do homem, ainda no local do crime. O material acabou sendo comparado ao DNA encontrado em uma vitima menor de idade que estava no banco nacional de dados, estuprada em 2021.

Após as analises serem feitas, e os DNA serem comparados, o resultado foi 100% positivo, apontando que o autor que já era investigado por estupro de vulnerável pelo Grupo Estadual de Repressão a Estupros (GERE), era o autor do estupro. 

A Delegada Karla Fernandes ainda informou que a vítima de estupro é parente direta do autor e por esse motivo, a ocorrência corre em segredo de Justiça, com objetivo de preservar a identidade da vítima. O autor confessou os crimes e se encontra recolhido na triagem à disposição do Judiciário.

A divulgação da imagem do preso foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 para que sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que possam fazer reconhecimento, trazendo novas provas. 

O autor confessou os crimes e se encontra recolhido na triagem à disposição do Judiciário Foto: Reprodução; Polícia Civil

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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