Homem é preso por se passar por policial para extorquir vítimas: entenda o caso da operação “Fake Cop”

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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante um homem que se passava por membro da corporação para ameaçar e extorquir dinheiro de vítimas. O homem, de 40 anos, é acusado de emprestar dinheiro a juros abusivos (agiotagem) — e, em seguida, enviar vídeos vestindo um uniforme forjado e manipulando armas como forma de ameaça. Pelo menos 20 vítimas procuraram a 31ª Delegacia de Polícia Civil, em Planaltina, para denunciar o caso. De acordo com o delegado Gilberto Barcelos, a Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva (por tempo indeterminado). “As vítimas tinham muito medo dele, muito medo do que ele podia fazer com elas”, diz.

A operação foi batizada de “Fake Cop” (falso policial, em inglês), e a prisão, cumprida com autorização da Justiça. O suspeito deve responder à Justiça por extorsão, agiotagem e posse irregular de munição. As investigações continuam, segundo a Polícia Civil, para identificar se há mais vítimas. Os detalhes do caso foram divulgados nesta segunda-feira (16). No momento da prisão, na sexta (13), policiais tiveram de arrombar a porta da casa do suspeito em Planaltina de Goiás (GO), no entorno do DF, porque ele se recusou a abrir a porta. Além de prender o homem em flagrante, a Polícia Civil do DF apreendeu vários itens que ele usava para “se disfarçar” de policial: duas armas de fogo falsas; munição de calibre .38 (verdadeira); uma camisa preta com a inscrição “16ª DP” – a unidade fica em Planaltina (DF); uma identidade funcional falsa da corporação.

Também foram apreendidos cadernos e pastas com anotações de nomes, datas, valores e juros dos empréstimos. “As investigações indicaram que o homem mantinha um verdadeiro esquema de agiotagem, utilizando-se da aparência de autoridade policial para impor medo e garantir o pagamento das dívidas”, diz material divulgado pela Polícia Civil. Vítimas afirmaram à polícia que o homem usava contas bancárias da companheira para receber o pagamento dos empréstimos. A mulher confirmou à Polícia Civil que os celulares e as contas usadas para a cobrança estavam em seu nome. Mas disse que era ele o “responsável direto” pelas cobranças. Confira mais notícias da região no DE DF.

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