Homem é preso suspeito de agredir, manter em cárcere privado e ameaçar de morte a esposa

Nesta quinta-feira, 29, um homem foi preso suspeito de agredir a mulher, mantê-la em cárcere privado e ameaçar de morte a família caso ela revelasse o crime.

O caso aconteceu no Povoado de São Geraldo, a 15 km de Jaraguá, cidade da região Central de Goiás. De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima foi encontrada bastante ferida. A prisão do homem ocorreu na casa do casal em um  e ele portava uma faca na cintura.

A vítima declarou à polícia que na última quarta-feira, 28, foi agredida brutalmente com murros, socos, pontapés e por um fio, deixando marcas nas costas. Ainda afirmou que o suspeito quebrou uma cadeira nela causando ferimentos nos ombros.

Ela ainda relatou às autoridades que o marido deu um “mata leão” nela três vezes e que já chegou a ser acordada com tapas no rosto e afogamentos. Ele chegou a tentar relações sexuais com ela à força, mas não conseguiu pois a PM chegou na hora do ato.

Os PMs informaram que a mulher foi arrastada pelo chão, puxada pelos cabelos, braços e pernas. Ela ainda contou que o espancamento aconteceu por várias horas, com direito a ameaças a ela com facão.

Vivendo em cárcere privado, a vítima era proibida de sair da residência onde moravam, não podia ver ou falar com famílias, e só não chegou a denunciar antes pois ele ameaçava matar a mãe e os filhos dela.

A identidade do sujeito não foi revelada, mas ele possui passagens pela policia por roubo e estupro. Apesar de ter sido preso na quinta, 29, não se sabe ao certo se ele continua detido.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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