Homem é preso suspeito de estupro de duas meninas, de 9 e 14 anos, em Goiânia

A Polícia Civil (PC) prendeu um homem de 35 anos, suspeito de estuprar uma menina de nove, no setor Residencial Vale dos Sonhos, em Goiânia, nesta segunda-feira (7). Segundo a polícia, o crime acontecia desde que a criança mais nova tinha três anos de idade e eles são da mesma família. Ao longo da investigação, outra vítima de estupro, com 14 anos, foi identificada. O suspeito foi preso também pelo flagrante de tráfico de drogas.

A PC foi procurada na última sexta-feira (4) depois que a própria criança de 9 anos contou sobre os abusos à família. Charles Costa Diniz, 35 anos, o acusado, é do círculo familiar da criança. A Civil não divulgou o grau de parentesco para que a vítima não seja identificada, uma vez que as fotos do suspeito foram disponibilizadas. Segundo eles, os familiares não sabiam do abuso antes do relato.

Diante da denúncia, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva. Neste processo, chegaram a uma casa que seria ponto do tráfico de drogas, onde havia outra vítima. “Em uma das residências, encontramos apetrechos voltados ao tráfico, como faca e balança de precisão e quantidade considerável de cocaína. Dentro, tinha uma menor de 14 anos de idade, que era abusada desde os 12”, conta o delegado Wesley da Silva, à frente do caso. Os materiais encontrados e uma motocicleta foram apreendidos.

Esta segunda vítima, de acordo com a polícia, tinha sinais de déficit cognitivo. “As investigações continuam para fazermos esclarecimentos e analisar o grau de participação dela com ele. Analisarmos a sanidade mental da menor para ver se poderia ter consentimento dela. Mesmo assim, como [a relação sexual] começou antes dos 14 anos, já é classificado como estupro de vulnerável”, explica o delegado. Os policiais não descartam a possibilidade de que haja outras vítimas do mesmo homem, que seria violento com as mulheres.

“Os canais de comunicação da Polícia Civil estão abertos para receber denúncias e relatos. Existe possibilidade de haver mais vítimas. Uma delas nos disse que ele é uma pessoa com vasta lista de contatos com mulheres com quem mantém relacionamento, não é só abuso contra vulneráveis. Foi relatado que ele é muito violento com as mulheres, que já disse a uma delas que rasparia sua cabeça e à outra, que a esquartejaria e enviaria o corpo em uma mala à sua cidade de origem. Ele é temido pelas mulheres que acabam não denunciando, por medo”, relata o delegado.

Charles Diniz continuará preso até o julgamento. Na tarde de quarta-feira (9), passará por audiência de custódia. O suspeito já foi preso em 2020, por posse ilegal de arma de fogo. Agora, responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, dois crimes de estupro de vulnerável, dois crimes de lesão corporal contra a mulher dentro do contexto doméstico e crime de ameaça.

Confira vídeo do momento da prisão:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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