Homem é preso suspeito de matar jovem encontrada boiando em represa

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu nesta segunda-feira, 20, Osvaldo Pereira de Sousa, de 68 anos, suspeito de matar uma jovem com deficiência mental, em Goiânia. Corpo de Pâmela Carneiro de Araújo, de 19 anos, foi encontrado no dia 14 de março, após a jovem desaparecer ao sair de casa sozinha.

A família da jovem denunciou o desaparecimento da jovem no dia 13 de março. Durante as investigações, a Delegacia de Homicídio encontrou filmagens de câmeras de segurança que mostram o suspeito abordando a vítima e a colocando na garupa de uma moto.

O material genético do idoso foi coletado pela Polícia Civil, para comparação com material biológico encontrado sob a unha da vítima. Além disso, a polícia apreendeu roupas e o capacete que o suspeito usava no dia do crime. O celular e a moto também foram apreendidos.

Desaparecimento

A família de Pâmela denunciou o crime no dia 13 de março, após a vítima sair de casa sem avisar o irmão. Ao G1, o irmão da jovem contou que ela não costumava a sair na rua sozinha. “Ela tem a mente de criança e não podia sair de casa sozinha. Ela ia na porta e a gente ia atrás dela”, conta.

No dia do desaparecimento, o irmão estava com Pâmela em casa, mas não percebeu que ela havia saído pois estava em recuperação de uma cirurgia. Ao perceber que a irmã não estava em casa, ele chamou a mãe e outra irmã para ajudar a procurá-la. “No mesmo dia a gente procurou ela em todo lugar aqui no setor e já chamou a polícia”, lembra.

Pâmela foi vista pela última vez na esquina de casa. Já no dia 14 de março, a polícia encontrou o corpo da jovem boiando apenas de short e sutiã em uma represa no Residencial Campos Elísios, em uma zona rural. O celular e o blusão que a vítima usava estavam jogados perto do local onde ela foi encontrada.

A PCGO informou que a divulgação da imagem e o nome do suspeito estão baseadas nos termos da Lei nº. 13.869/2019, portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do Delegado Geral, n.º 000010828006 e Despacho DIH/DGPC- 09555 para localizar testemunhas que auxiliem no esclarecimento do crime e identificação de possíveis novas vítimas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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