Homem é preso suspeito de sequestrar e manter ex-namorada em cárcere privado, em Leopoldo de Bulhões

Um homem de 23 anos foi preso nesta quinta-feira (17), suspeito de sequestrar, agredir e manter a ex-namorada, de 19 anoa, em cárcere privado, em Leopoldo de Bulhões, no sudeste de Goiás. Ela foi sequestrada no dia anterior, após pedir medida protetiva contra o autor do crime.

De acordo com a vítima, o ex-namorado chegou a levá-la para um cemitério da cidade e, em seguida para uma construção abandonada. Aos policiais, ela contou que o homem é ciumento e que, desde que começaram a se relacionar, ele demostrava comportamentos agressivos.

Segundo a polícia, um facão, uma barra de ferro e um canivete foram apreendidos com o homem. Os policiais ainda contaram que a jovem foi encontrada em uma casa abandonada com marcas de agressão, mas não precisou ser levada ao hospital.

“Ela foi levada para o mato, para o cemitério e depois para uma construção, onde foi localizada pela Polícia Militar. Ele foi autuado em flagrante”, disse o delegado responsável pelo caso, Leonardo Sanches.

O homem está preso e deve responder por sequestro em cárcere privado, ameaçada e lesão corporal. Não foi informado o que ele disse em depoimento.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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