Homem famoso por escalar arranha-céus morre ao cair de prédio em Hong Kong

A polícia de Hong Kong, território autônomo no sudeste da China, informou que um francês famoso por escalar prédios, torres e monumentos pelo mundo todo morreu. Segundo a corporação, o homem teria morrido após cair de um prédio residencial, na última quinta-feira, 28. A imprensa local, inclusive o jornal “South China Morning Post”, afirmou que se trata do escalador Remi Lucidi.

O francês era famoso por filmar suas escaladas em arranha-céus sem proteção. Segundo a polícia local, o corpo de um homem de 30 anos que, supostamente, praticava esportes radicais, foi encontrado em um pátio na área nobre da cidade.

Segundo os portais de notícias, Remi tentou entrar em um edifício dizendo que visitaria um amigo no 40º andar, mas um segurança tentou detê-lo. O homem conseguiu entrar no elevador e desapareceu, porém as câmeras mostram que ele chegou ao 49º andar e subiu para o topo do prédio.

Os responsáveis por conduzir inicialmente a investigação disseram que ele aparentemente caiu do telhado. A polícia disse ainda que nenhuma nota de suicídio foi encontrada e que a causa da morte será verificada por uma autópsia.

Uma fonte não identificada, informou ao South China Morning Post que o homem foi visto em vida pela última vez batendo em uma janela de uma cobertura no 68º andar de uma torre residencial. A última foto postada por Remi Lucidi, que nas redes sociais usa o nome de “Remi Enigma”, aumentaram as suspeitas de ser realmente o francês.

Na publicação de Remi, ele mostra aos seguidores uma foto da visão noturna de Hong Kong. A foto foi postada há uma semana e tem o nome do território chinês como legenda.

A suposta morte do francês foi lamentada nas redes sociais por internautas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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