Homem ferido durante protesto em Goiânia está em estado grave

Matheus Ferreira da Silva, ferido durante manifestação da Greve Geral nesta sexta-feira (28/4), está em estado grave no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Segundo o hospital, o homem, de 33 anos, está incubado, sedado e passa por exames de imagem na unidade. Ele só respira por aparelhos e teve traumatismo crânio-encefálico e múltiplas fraturas.

Ele foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO) ainda durante o protesto e encaminhado ao Hugo. Segundo pessoas que estavam no local, a manifestação ocorria de maneira pacífica até que um grupo de pessoas com máscaras teria começado a jogar objetos contra os policiais. A polícia interveio, mas, de acordo com a corpo, a confusão teria sido entre os próprios manifestantes.

Pelo Facebook, participantes do protesto afirmam o contrário. Uma foto divulgada na internet mostra o instante em que um policial agride Matheus com um cassetete. Segundo pessoas que estavam no local, depois que houve a agressão, um grupo fez cordão de isolamento para protegê-lo enquanto aguardava atendimento dos bombeiros.

Foto: Reprodução

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp