Homem que forjou próprio sequestro e pediu ao pai ‘resgate’ de R$ 180 mil foi
encontrado deitado na cama, mexendo no celular, diz delegado
Investigação mostrou que aparelho era o mesmo usado para mandar ameaças ao pai.
Dono da casa onde ele estava também foi detido. Caso aconteceu em Apucarana, no
norte do Paraná.
1 de 1 Segundo delegado, filho forjou a foto do sequestro para enganar o pai. —
Foto: Polícia Civil (PC-PR)
Segundo delegado, filho forjou a foto do sequestro para enganar o pai. — Foto:
Polícia Civil (PC-PR)
O homem, de 31 anos, suspeito de forjar o próprio sequestro e pediu “resgate” de
R$ 180 mil ao pai
[https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/07/05/homem-forja-proprio-sequestro-e-manda-foto-amarrado-e-encapuzado-ao-pai-pedindo-resgate-de-r-180-mil-no-parana-diz-delegado.ghtml]
foi encontrado deitado na cama mexendo no celular, segundo o delegado André
Garcia. O caso aconteceu em Apucarana
[https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/cidade/apucarana/], no norte do Paraná.
A investigação da Polícia Civil (PC-PR) ainda apurou que o aparelho que o homem
estava usando, quando foi descoberto, era o mesmo usado para enviar as ameaças à
família.
Após o pai, de 54 anos, denunciar o suposto sequestro do filho à Polícia Civil
(PC-PR), o falso cativeiro foi encontrado nesta sexta-feira (4), e os policiais
descobriram que se tratava de uma mentira.
Tanto o homem quanto o dono da casa onde ele estava foram presos. Os dois vão
responder pelo crime de extorsão – que tem pena de reclusão de quatro a dez anos
e multa.
Para proteger a identidade do pai, que foi vítima do crime, a polícia não
divulgou os nomes dos envolvidos.
INVESTIGAÇÃO
Filho forja sequestro e tenta extorquir dinheiro do pai em Apucarana
[https://s03.video.glbimg.com/x240/13734886.jpg]
Filho forja sequestro e tenta extorquir dinheiro do pai em Apucarana
De acordo com Garcia, o pai foi informado sobre o suposto sequestro do filho na
última segunda-feira (30). Ele recebia fotos de um homem amarrado, encapuzado e
com marcas de sangue, como forma de pressioná-lo a pagar a quantia.
Os “sequestradores” ameaçavam que, se o valor não fosse pago, o filho poderia
ser morto ou ter algum membro do corpo cortado. O pai chegou a oferecer R$ 40
mil, mas o valor não foi aceito.
Ele foi orientado por um conhecido a procurar a polícia. O caso, então, foi
registrado na quinta-feira (3).
> “Ele passou as informações e fomos investigar imediatamente, considerando o
> caso como um sequestro. Em menos de 24 horas, nós descobrirmos quem estava
> mandando as mensagens e onde ele estava, que era o falso cativeiro onde ele
> foi fotografado. Para a nossa surpresa não era um sequestro e sim uma farsa,
> que caracteriza o crime de extorsão com a participação do próprio filho”,
> explicou o delegado.
O falso cativeiro ficava na zona rural de Cambira
[https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/cidade/cambira/], no distrito Sete de
Maio.
A investigação mostrou que o proprietário da casa sabia do golpe e havia
permitido que o rapaz ficasse no endereço, desde segunda-feira, em troca de um
pagamento.
O delegado informou que outras duas pessoas foram identificadas como
participantes do crime, mas até o momento não foram encontradas.
O QUE ELE DISSE EM DEPOIMENTO
O filho prestou depoimento e, segundo o delegado, insistiu na versão de que
tinha sido sequestrado. Ele ainda falou que os sequestradores eram policiais
militares do estado de São Paulo e que o suposto “cativeiro” estava sendo
vigiado por drones.
> “Uma história absolutamente inviável e infactível”, Garcia disse em entrevista
> à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
Garcia explicou que o homem é usuário de cocaína e a suspeita é de que uma
dívida com traficantes tenha motivado o crime.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil do Paraná.