Homem forja sequestro e se suja com o próprio sangue para comover esposa

Um homem de 47 anos se sujou com o sangue dele e forjou o próprio sequestro para comover a esposa, que estava decidida a pedir o divórcio. A Polícia Civil (PC) investiga o caso como “comunicação falsa de crime”.

De acordo com a polícia, o homem saiu de casa em Boituva, interior de São Paulo, na noite de domingo, 29, e não retornou. Na manhã seguinte, a esposa dele começou a receber mensagens via WhatsApp. Na conversa, uma pessoa dizia que ia matar o homem.

Diante disso, a mulher foi até a delegacia e informou que o marido dela havia sido sequestrado. Durante uma investigação, a PC foi informada de que a Polícia Militar (PM) havia localizado o homem. Ele estava no acostamento da Estrada Alfredo Sebastiani e foi socorrido por moradores. O carro também foi achado no local.

Para a equipe médica do Hospital Santa Casa de Cerquilho, o investigado se queixava de dores e tinha muito sangue nas roupas.

Conforme o boletim de ocorrências, ele “apresentou uma versão bastante fantasiosa sobre os fatos”. Aos agentes ele disse que foi sequestrado na noite de domingo (29) e que passou toda a madrugada amarrado em uma árvore, até que conseguiu se soltar e pedir ajuda.

No local indicado do sequestro, os investigadores encontraram uma sacola plástica com um kit de agulhas e seringas para retirada de sangue. Além de papéis com anotações sobre o crime.

Diante disso, os agentes constataram que o indivíduo havia forjado o sequestro e retirado o próprio sangue para espalhar nas roupas. Ele também não apresentava qualquer ferimento.

Ao ser questionado, o homem confessou o crime e disse que queria comover a esposa para que ela desistisse do processo de separação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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