Homem mata ex a facadas enquanto ela montava marmitex dentro de restaurante

Uma mulher foi morta a facadas pelo ex-marido enquanto montava uma marmitex no restaurante onde trabalhava, neste quarta-feira (25), em Itumbiara. A vítima que havia se separado do autor há cerca de uma semana foi atingida no peito. Ele se matou, usando a mesma arma, logo em seguida. Os dois não resistiram aos ferimentos e morreram no local, antes mesmo de serem atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

O crime teria sido provocado por ciúmes, devido a dificuldade do homem em não aceitar o término da relação de 12 anos que tinha com a vítima. Segundo o delegado Felipe Sala, o casal não tinha histórico de violência, mas o motivo da separação seria as constantes agressões que a mulher sofria por parte do ex-companheiro, com quem tem uma filha.

“As informações ainda são preliminares, mas ao que tudo indica a vítima nunca denunciou o ex-marido por agressão. Inclusive, não há registros ou uma medida protetiva contra ele. Porém, os familiares disseram que a mulher sofria agressões e que resolveu se separar por não aguentar mais. No celular da vítima, encontramos conversas do homem insistindo para retomarem a relação, mas sem sucesso. Havia várias ameaças, onde ele dizia que iria se matar caso a mulher não concordasse em reatar o casamento. A mulher também recebia ameaças de morte do ex-marido desde que decidiu se separar”.

Familiares da vítima contaram à policia que descobriram que o autor era agressivo somente após o fim do casamento, uma vez que a mulher não comentava com parentes as agressões que sofria. Ela compartilhava o sofrimento apenas com uma amiga.

“Provavelmente, a filha do casal deve ficar aos cuidados da avó materna. Agora, vamos seguir com as investigações a fim de concluir o inquérito e confirmar a possível causa do feminicídio”, concluiu.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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