Homem passa molho de tomate pelo corpo para intimidar a namorada

Um homem de 39 anos de idade foi preso suspeito de perseguir, ameaçar e chantagear a namorada, de 38 anos de idade, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, o homem foi encontrado com o rosto e parte do corpo com molho de tomate e uma corda pendurada ao lado, na tentativa de comover a vítima, após ela denunciá-lo.

A prisão do indivíduo ocorreu na última segunda-feira, 17. Segundo as informações da vítima relatadas à corporação, os dois ficaram juntos durante quatro meses, mas há um mês ela tenta terminar o relacionamento.

No último domingo, 16, eles estavam em um bar quando o suspeito começou uma discussão. Por causa da briga, a vítima saiu do local, mas foi seguida pelo suspeito, que estava com uma faca. Com receio de perder a vida, a mulher fingiu estar bem com ele, fazendo com que ele se desfizesse do objeto.

A vítima relatou ainda aos policiais que, ao chegar na própria residência, o homem permaneceu na casa contra a vontade dela. Com isso, no dia seguinte, a mulher o enganou dizendo que estava indo para o supermercado, mas na verdade iria até a delegacia denunciá-lo. Mas o suspeito a seguiu novamente.

Ao notar que estava sendo perseguida, a mulher entrou no estabelecimento que fica perto da delegacia, e logo depois, correu em direção à unidade policial para denunciar o homem. Com isso, o suspeito fugiu do local.

Chantagem

Após a denúncia, a equipe encontrou o homem na casa do pai com o rosto e partes do corpos com molho de tomate e com uma corda do lado. A corporação encontrou várias mensagens e fotos do indivíduo chantageando a mulher. Ele tentou enganá-la fingindo que o molho de tomate era sangue e a corda era para aparentar uma tentativa de morte.

Os policiais prenderam o suspeito em flagrante e o levaram para a cadeia de Planaltina. De acordo com as investigações, ele possui outras três ocorrências no campo de violência doméstica.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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