Última atualização 18/10/2022 | 12:04
Um homem foi preso por agredir o filho, um bebê de um ano e quatro meses, no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia. Caleb está internado no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) chegou até o autor, após a mãe do menino, que também é vítima de agressão, pedir ajuda por meio de um bilhete. Dentro das próximas horas a prisão do autor deve ser convertida em preventiva.
O caso ocorreu na segunda-feira, 17, de acordo com a delegada responsável pelo caso, Caroline Borges Braga, o autor, que já tem passagens por homicídio e tráfico de drogas, alegou ter agredido a criança para “educar”.
Os outros dois filhos do casal, o irmão gêmeo de Caleb e uma menina de quatro anos, também apanhavam. Os dois estão, preventivamente, sob a guarda do Conselho Tutelar.
Para a delegada, a mãe das crianças, de 21 anos, relatou que vive privada da liberdade. Além disso, é vítima de violência doméstica.
“Ela mencionou que já foi agredida várias vezes, a liberdade é limitada. Ela não tem acesso ao celular”, explicou a delegada.
Ainda de acordo com a investigadora, no dia da ocorrência a mulher e as outras crianças não chegaram a ser agredidas, mas o ato era recorrente no local. Inclusive, Caleb tinha hematomas, principalmente no rosto.
“A mãe contou que ele [autor] bateu no rosto dele e depois ainda tampou a boca da criança para que os vizinhos não escutassem os gritos da criança”, relatou a delegada.
Segundo a delegada, existe a suspeita de que o homem tenha vindo de Goiânia, para não ser preso no estado do Pará, por tráfico de drogas. A confirmação da hipótese deve ser feita ainda nesta terça-feira, 18, quando ela fará contato com a Polícia Civil do estado.
Aqui na capital ele foi autuado em flagrante por lesão corporal em ambiente doméstico, maus-tratos, por submeter as crianças ao constrangimento, uma vez que ele agrediu a criança na frente dos irmãos. Além disso, ele também deve ser indiciado por agressão contra a mulher. Se condenado, o autor pode pegar até 10 anos de prisão.