A Polícia Federal descobriu que um homem foi preso em Monte Alto, SP, no lugar de um investigado que utilizava documentos dele. A divergência nas aparências chamou a atenção das autoridades, e novas diligências foram realizadas. O homem detido por suposto envolvimento em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro teve seu pedido de prisão revogado.
Um dia após ser preso por suspeita de integrar uma quadrilha investigada por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Monte Alto (SP), Leandro Aparecido Costa, de 40 anos, teve o pedido de prisão temporária revogado e o mandado de alvará de soltura expedido. Segundo o Ministério Público, ele foi confundido com Vinicius Soares de Campos, de 34 anos, verdadeiro procurado por envolvimento no esquema que movimentou mais de R$ 4,6 milhões em menos de dois anos, pois Vinicius vinha utilizando os dados pessoais dele.
De acordo com o Ministério Público, Vinicius não só utilizava os dados de Leandro como chegou a fazer uma conta em um site de compra e venda de produtos, utilizando sua própria foto, mas com os documentos de Leandro. Durante as investigações, o MP descobriu que Willian cuidava do transporte e do armazenamento dos entorpecentes. Ele mantinha contato com fornecedores e efetivava as vendas a compradores de outras cidades da região de Ribeirão Preto.
No total, seis pessoas foram presas temporariamente em Monte Alto e Ribeirão Preto durante a operação desencadeada na quarta-feira. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos dois municípios, em Matão e em Fortaleza. As investigações apontam que a quadrilha movimentou cerca de R$ 4,6 milhões em menos de dois anos. Bens e contas bancárias foram bloqueados pela Justiça.
A liderança da organização levava uma vida incompatível com as rendas informadas às autoridades. Durante o cumprimento dos mandados, carros e celulares também foram apreendidos. Os aparelhos telefônicos serão analisados e podem apontar à PF e ao Gaeco a participação de mais pessoas no esquema. Procurados, os advogados de Willian e Tiego informaram que vão provar a inocência dos clientes durante o processo. As defesas de Alexandre e Mikael não foram localizadas até a publicação desta reportagem.