O homem, de 46 anos, que foi preso após ser acusado de estuprar três mulheres, duas adolescentes e uma trans, em Aparecida de Goiânia, estava trabalhando de forma ilegal no suposto terreiro de umbanda, já que ele não possui registro para exercer a profissão de pai de santo.
A revelação foi divulgada nesta segunda-feira, 29, pelo presidente da Federação de Umbanda e Candomblé de Goiás (Fuceg), Salmo Vieira, que realizou o levantamento junto à federação brasileira e outras entidades estaduais.
Agora, Gleidimar Primo da Silva, que foi preso preventivamente pela Polícia Civil (PC) na última sexta-feira, 26, também pode responder por exercício ilegal da profissão, já que Fuceg não encontrou nenhum registro no nome do suspeito, nem como Júnior de Omulu, como ele se apresentava às vítimas.
Investigação: Pai de santo acusado de estupro
A prisão do homem, de acordo com a delegada Cybelle Tristão, foi realizada após ele ser denunciado pelas vítimas que procuraram ajuda espiritual na casa de umbanda, supostamente dirigida por ele.
O pai de santo, inclusive, usava a fragilidade das mulheres para cometer os abusos. Ao menos seis vítimas, dentre elas duas adolescentes e uma trans, foram ouvidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia.
Conforme a delegada, uma das vítimas precisou passar por uma cirurgia após ter o intestino obstruído em razão do estupro. As mulheres eram abusadas sexualmente quando o homem invocava as entidades que ele dizia trabalhar.
Armas e ameaças
Conforme os relatos das vítimas, na casa de umbanda havia munições de arma de fogo, drogas e facas utilizadas para intimidar as mulheres, a fim de que elas não parassem de frequentar o local. Ao todo, foram apreendidas 12 facas com o pai de santo dentro do suposto terreiro.