Homem ‘preso’ por família de gambás em Árvore de Natal de 25 metros

‘Ataque’ de família de gambás deixa homem preso no topo de Árvore de Natal de 25 metros por uma hora

Funcionário de empresa subiu no ‘Pinheirão’, em Tatuí (SP), para tirar enfeites e luzes. Saruês que fizeram ninho em um dos galhos ficaram agitados e ele teve medo de ser atacado.

‘Ataque’ de família de gambás deixa homem preso no topo de Árvore de Natal em Tatuí

Um homem ficou “preso” no topo de uma Árvore de Natal com 25 metros de altura na manhã desta quarta-feira (7) em Tatuí (SP). O funcionário de uma empresa terceirizada tinha sido contratado pela prefeitura para fazer a retirada das luzes natalinas.

Utilizando equipamentos de proteção individual, o técnico subiu até o topo da árvore para realizar o serviço quando se deparou com um ninho de saruês do mato.

Homem fica ‘preso’ em Árvore de Natal de 25 metros em Tatuí — Foto: Reprodução/Defesa Civil

Segundo a irmã do homem, ele ficou com receio de tentar descer e ser atacado pelos bichinhos que rodeavam o ninho. Então, esperou cerca de uma hora e meia no alto do pinheiro enquanto aguardava a equipe de resgate.

A Secretaria de Cultura de Tatuí estava acompanhando a retirada dos enfeites e acionou a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para atender a ocorrência e auxiliar no resgate.

Conforme a Defesa Civil, o funcionário da empresa terceirizada está “bem” e “tranquilo” com a “situação inusitada”, só tendo ficado preocupado com os animais.

“Ele trabalha há anos fazendo a decoração da árvore e isso nunca aconteceu. Foi a primeira vez. Por saber que ele está em segurança, a gente acha engraçado, pois ele está ‘morrendo de medo’ de ser atacado”, conta a irmã do funcionário.

Pinheiro Encantado, conhecido como “Pinheirão”, é ponto turístico de Tatuí — Foto: Reprodução/redes sociais

Ainda de acordo com a Defesa Civil, a família de saruês, com uma mãe e quatro filhotes, permanecerá no pinheiro localizado na Praça da Matriz, no Centro de Tatuí.

O pinheiro, conhecido como “Pinheirão”, se tornou ponto turístico e um dos símbolos da cidade. A árvore chegou a ter 50 metros e ser considerada como a maior do Brasil até a década de 1980, quando um raio a atingiu e a deixou pela metade.

Árvore de 25 metros, localizada na Praça da Matriz, é efeitada há quase 70 anos — Foto: Thony Guedes/ Prefeitura Tatuí

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Pesquisa transforma milho em superalimento resistente ao calor

Cientistas alteram a genética do milho e deixam ele mais resistente a secas e altas temperaturas

O DE foi até Campinas (SP) conhecer a pesquisa. Na fase de testes, alimento tem a cor roxa, que destaca se a mudança do DNA aconteceu ou não.

Prato do Futuro: pesquisa cria milho mais resistente ao calor

Já pensou que uma bactéria poderia salvar a sua pipoquinha? Uma pesquisa tem usado a chamada agrobacterium para editar o DNA do milho e tornar ele mais resistente às altas temperaturas e às secas causadas pelas mudanças climáticas.

O estudo de edição gênica é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, neste episódio da série Prato do Futuro, o DE foi até a unidade em Campinas (SP) para entender como ele funciona. Confira no vídeo acima.

A pesquisa promete fazer o milho tolerar até 2°C acima da sua temperatura ideal, que é entre 28°C e 30°C. Além disso, a planta precisaria de menos água, apenas 20% de sua quantidade ideal de antes da alteração.

Com isso, o cultivo poderia acompanhar a elevação da temperatura do planeta, que já é de 1°C comparado a níveis pré-industriais e deve subir ainda mais, chegando a 1,5°C entre 2030 e 2050, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por causa do aquecimento do planeta, 8% da flora do planeta pode desaparecer das suas áreas tradicionais, afirma o relatório do IPCC.

Os resultados demonstram que as plantas modificadas tiveram um aumento de 10% da produção.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, representando cerca de 11,7% do fornecimento mundial. O país fica atrás dos Estados Unidos (30,3%) e da China (24,1%).

Nas últimas duas décadas, a produção brasileira de milho teve um crescimento contínuo de 5,2% ao ano, mostra um estudo do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

Para a safra 2024/2025, a área, que está em fase de plantio, deve se manter estável, em torno de 21 milhões de hectares, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com a expectativa de recuperação na produtividade, a safra deve chegar a 119,8 milhões de toneladas.

COMO UMA BACTÉRIA PODE ALTERAR A GENÉTICA?

Na pesquisa, os cientistas utilizam a agrobacterium para editar a genética do milho. Essa bactéria tem a capacidade de reprimir ou ressaltar alguma parte do DNA das plantas, neste caso, a característica que resiste ao calor e à seca.

Para isso dar certo, a equipe precisou mapear a sequência de DNA completa do milho, ou seja, seu genoma.

Na natureza, esse micro-organismo é considerado uma praga do milharal, podendo causar tumores nos pés. Mas, no laboratório, a parte do DNA da bactéria que causa a doença é removida antes de ter contato com as células do milho.

E não precisa se preocupar, a inserção da bactéria no milho não faz mal para quem for consumir.

Qualquer alimento que teve seu genoma mapeado pode passar pela edição gênica, com a possibilidade de obter benefícios semelhantes aos observados na pesquisa com o milho.

POR QUE FAZER O MILHO FICAR ROXO AJUDA NA PESQUISA?

Para descobrir se o gene que foi alterado se desenvolveu, os pesquisadores inserem junto da agrobacterium um marcador genético, que tem a capacidade de mudar a cor dos grãos.

Assim, durante a fase de embrião, é possível ver a coloração por microscópio. Quando o milho se desenvolve, toda a espiga assume a cor.

Mas, quando o estudo for finalizado e a nova variedade for comercializada, esse marcador não será mais inserido. Portanto, o milho vai continuar sendo amarelo.

PRONTO PARA O MUNDO

Ao longo do seu desenvolvimento, a planta passa por diversos ambientes. Em sua fase mais jovem, ainda vive em meio de temperatura ideal, na sala de aclimatação, até ir para uma estufa com clima extremo.

Usando uma luz que replica as ondas solares, climas diferentes são testados, bem como a quantidade de água fornecida varia.

Os pesquisadores observam como a planta se comporta e se ela vai entrar em estresse térmico, quando não consegue mais realizar a fotossíntese corretamente. Assim, é possível entender se o experimento funcionou ou não.

As plantas que se mostram resistentes têm sua genética replicada por meio de polinização.

Os testes também incluem o plantio em lavoura, para ver se o milharal sobrevive no mundo real.

Background image

Foto: Bárbara Miranda | Arte DE

CRÉDITOS DESTE EPISÓDIO DA SÉRIE ‘PF: PRATO DO FUTURO’

* Coordenação editorial: Luciana de Oliveira
* Edição e finalização de vídeos: Marih Oliveira
* Narração: Vivian Souza
* Reportagem: Vivian Souza
* Produção: Vivian Souza
* Roteiro: Vivian Souza
* Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli
* Coordenação de arte: Guilherme Gomes
* Direção de arte e ilustrações: Luisa Rivas e Verônica Medeiros
* Fotografia: Rafael Leal
* Motion Design: Verônica Medeiros e Thalita Ferraz
* Ilustrações: Bruna Rocha, Maria Laura Silva, Luisa Rivas e Thalita Ferraz

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