Homem preso por perseguição e assédio em shopping tem prisão preventiva decretada

Justiça converte em preventiva a prisão de um homem por perseguição e assédio a
uma mulher em um shopping

Douglas Leite Silva foi preso em flagrante no sábado (4) e agora terá que responder por
perseguição (stalking), resistência e desacato. As penas podem chegar a 8 anos
de prisão. Apesar disso, ele nega os crimes.

Preso foi levado para a 29ª DP (Madureira), como mostra a foto divulgada pela Polícia Civil.

A Justiça do Rio decidiu, nesta segunda-feira (6), converter em preventiva a prisão em
flagrante de Douglas Leite Silva. Ele foi detido no sábado (4) por assediar e
perseguir uma mulher que trabalhava no Shopping Madureira, na Zona Norte do Rio.

A Polícia Civil está investigando se Douglas fez outras vítimas, pois várias mulheres
relataram, em redes sociais, terem sido importunadas e abusadas pelo mesmo homem.

De acordo com as investigações da 29ª DP (Madureira), Douglas vinha perseguindo a mulher desde
outubro de 2024, não apenas no shopping onde ela trabalha, mas também em outros
locais, como uma academia. Ele foi expulso do estabelecimento por acusações
de assédio contra outras mulheres.

A delegada responsável pelo caso, Ana Beatriz Fucks, detalhou como foi feita a
abordagem ao suspeito:

“A vítima compareceu à delegacia e seguimos para o shopping. No entanto, antes disso, entramos
em contato com a segurança para localizarmos o autor. A segurança ficou
monitorando por câmeras até a nossa chegada”, afirmou a delegada.

Suspeito foi detido dentro do shopping em Madureira, na Zona Norte do Rio —
Foto: Reprodução/Polícia Civil

Douglas já estava sendo acompanhado pela segurança do shopping e tentou fugir da
prisão, mas foi impedido pelos agentes. Algumas pessoas que estavam do lado de fora do
estabelecimento ameaçaram linchar o preso.

Ele será responsabilizado pelos crimes de perseguição (stalking), resistência e
desacato, sendo que as penas podem chegar a 8 anos de prisão. Na delegacia, o preso
continuou a negar as acusações.

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Polícia Civil indicia homem por feminicídio no Centro do Rio: vítima tinha medida protetiva contra o ex-companheiro e foi assassinada a facadas.

A Polícia Civil indiciou um homem nesta quinta-feira (09) pela morte de Eduarda Ferreira Soares, de 26 anos, vítima de feminicídio no Centro do Rio. Ela foi assassinada a facadas na Praça Tiradentes, em 15 de dezembro. Eduarda tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro, identificado como Carlos Damião, que foi preso menos de 24 horas após o crime em Manhuaçu (MG).

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público após a Polícia Civil indiciar Carlos Damião por feminicídio e furto qualificado no caso de Eduarda Ferreira Soares. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) efetuaram a prisão do suspeito durante uma fiscalização no km 588 da BR-116, em Munhuaçu (MG).

De acordo com as investigações, Eduarda estava sentada em um banco na Praça Tiradentes, conversando com amigos, quando foi surpreendida pelo ex-companheiro armado com uma faca. Ao tentar fugir para o prédio onde morava, a vítima escorregou e foi alcançada por Carlos Damião, que desferiu os golpes fatais.

Após cometer o crime, o suspeito fugiu levando o carro de Eduarda. Os agentes da DHC contataram a PRF, que monitorou o veículo até localizá-lo no distrito de Realeza, em Manhuaçu. Segundo relatos da mãe da vítima, Mariley Ferreira, o relacionamento entre Carlos e Eduarda havia terminado em junho de 2024, e mesmo com a medida protetiva, a filha continuava sendo ameaçada pelo ex.

Carlos, que tinha antecedentes criminais e atuava como receptador de telefones celulares roubados, os quais eram vendidos no Mercado Popular da Uruguaiana, foi apontado como o responsável pela morte de Eduarda. A mãe da vítima lamentou a tragédia, ressaltando que as ameaças constantes feitas pelo ex-companheiro não foram suficientes para evitar a fatalidade.

O caso evidencia a gravidade da violência contra a mulher e a importância de medidas protetivas eficazes para evitar feminicídios. A atuação conjunta da Polícia Civil e da PRF foi fundamental para a prisão do suspeito e a resolução do crime, demonstrando a importância da integração entre as forças de segurança. A família de Eduarda Ferreira Soares busca por justiça e espera que o responsável seja devidamente punido pelo brutal assassinato.

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