Homem preso por stalking: outras possíveis vítimas se manifestam

Insuportável, Me enchia de mensagens: o que dizem outras supostas vítimas de homem preso por stalking

Douglas foi preso no sábado no Shopping Madureira. Segundo a 29ª DP (Madureira), o homem perseguia uma mulher desde outubro tanto no estabelecimento e em uma academia.

Polícia prende homem por stalking em shopping no Rio

A Polícia Civil do RJ está investigando se Douglas Leite Silva, preso em flagrante neste sábado (4) por assediar e perseguir uma mulher em Madureira, fez outras vítimas. O vídeo da prisão nos perfis da instituição recebeu comentários de mulheres que supostamente o reconheceram.

“Sou personal na academia em que ele treinava. Ele era insuportável: passava esbarrando, tirava foto no espelho em que eu estava e encostava em mim. Reclamei na recepção e tudo! Ele fez isso com várias mulheres lá”, afirmou uma.

“Não tem muito tempo esse rapaz veio me seguir [nas redes] para tirar dúvidas de concurso. Eu me propus a ajudar, e depois ele ficou me incomodando, tentando descobrir onde eu morava, me enchia de mensagens. Fiquei com medo no dia que ele dizia estar no metrô para me acompanhar até a minha casa. Pedi ajuda para um amigo para ir em segurança”, escreveu outra.

Até a última atualização desta reportagem, porém, nenhuma pessoa tinha prestado nova queixa.

A PRISÃO

Douglas foi preso no sábado no Shopping Madureira. Segundo a 29ª DP (Madureira), o homem perseguia uma mulher desde outubro tanto no estabelecimento e em uma academia.

A delegada responsável pelo caso, Ana Beatriz Fucks, explicou como foi feita a abordagem. “A vítima compareceu à delegacia e procedemos ao shopping. Mas, antes, entramos em contato com a segurança, para localizarmos o autor. A segurança ficou monitorando por câmeras até chegarmos”, descreveu.

Douglas já vinha sendo monitorado pela segurança do shopping e tentou fugir da prisão, mas foi contido pelos agentes. Pessoas tentaram linchá-lo na calçada.

Douglas vai responder pelos crimes de perseguição (stalking), resistência e desacato, e as penas podem somar 8 anos de prisão. Na delegacia, ele negou as acusações.

Ele foi levado para o presídio de Benfica, na Zona Norte, e será submetido a audiência de custódia nesta segunda-feira (6).

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Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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