Homem que matou agente de saúde trans espancada tem prisão preventiva decretada

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Homem que matou namorada trans espancada tem prisão convertida para preventiva

Christina Maciel Oliveira, de 45 anos, foi morta com socos e chutes pelo
companheiro, Matheus Henrique Santos Rodrigues, de 24. Crime foi filmado por
câmeras de segurança.

Matheus Henrique Santos Rodrigues, homem de 24 anos que agrediu e matou a
própria namorada em Belo Horizonte, passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (22) e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça. Com isso, ele segue detido por tempo indeterminado.

A vítima, Christina Maciel Oliveira, de 45, era agente de educação em saúde e
ativista trans. Ela foi morta com socos e chutes pelo companheiro na Rua Padre Pinto, na Região de Venda Nova, na tarde da última segunda-feira (20). O crime foi filmado por câmeras de segurança.

Na audiência de custódia, o juiz Leonardo Damasceno entendeu que a conversão da
prisão foi necessária devido à periculosidade do agressor, ao histórico criminal
dele e à gravidade dos fatos. O magistrado também ressaltou que a mulher foi
agredida em via pública, sob o pretexto do término do relacionamento.

O CRIME

Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas afirmaram que o casal estava
discutindo quando o homem começou a agredir a namorada com socos. No momento em
que a vítima caiu na calçada, ele ainda a agrediu com vários chutes na cabeça.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Christina
Maciel Oliveira não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Matheus Henrique Santos Rodrigues confessou o crime. Ele afirmou à Polícia
Militar que não aceitava o fim do relacionamento.

Pelas imagens das câmeras de segurança, é possível observar que, imediatamente
após a sequência de agressões, o suspeito se afastou calmamente, ajeitou o
chinelo e foi embora. O caso é investigado pela Polícia Civil como feminicídio.

QUEM ERA A VÍTIMA?

Christina, mulher trans preta e periférica, era reconhecida como mobilizadora
social e agente de educação popular em saúde. Ela atuava em projetos
comunitários voltados para o cuidado e a saúde de pessoas trans e travestis,
sendo referência para muitas que encontraram nela acolhimento, força e inspiração.

Amigos contam que Christina foi expulsa de casa no início da adolescência e,
durante nove anos, viveu em situação de cárcere privado. Para eles, mesmo diante
de tantas violências, Chris, como era chamada, transformou o cuidado entre pares
em missão de vida.

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