Homem que matou as filhas é indiciado por duplo homicídio qualificado

Homem que matou as filhas é indiciado por duplo homicídio qualificado

Ramon de Souza Pereira, principal suspeito de matar as filhas de 4 e 8 anos de idade, foi indiciado por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe. Além disso, o homem também vai responder lesão corporal contra a esposa e segue à disposição da Justiça para julgamento. O inquérito agora vai para o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO).

O caso revoltante em Santo Antônio de Goiás

De acordo com as investigações das autoridades, tudo começou na tarde do dia 22 de maio. Em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, Ramon encontrou a esposa com outro homem, que fugiu do local. O marido então agrediu a mulher com chutes e socos e saiu de lá com o carro dela.

No caminho, buscou as filhas nas respectivas escolas e comprou um galão de gasolina e uma faca, levando as meninas até Santo Antônio de Goiás. Então, ele matou as duas a facadas e colocou fogo no carro. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) o encontrou no dia seguinte, terça-feira, 23, e o encaminhou à delegacia. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), em Goiânia, onde passou por cirurgia.

Logo antes de matar as filhas, segundo a polícia, Ramon telefonou para o avô das crianças, que implorou para que ele não cometesse o crime. “Ramon, pelo amor de Deus, não faz isso não. Você sabe que tudo que nós temos na vida […]. Ramon, pelo amor de Deus, eu amo essas meninas”, disse o homem mais velho. O velório das garotas ocorreu na última sexta-feira, 26.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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