Advogado que matou ex-companheira na frente dos filhos é condenado por torturar
as crianças
Jaminus Quedaros de Aquino foi condenado a 35 anos de reclusão em regime
fechado. Além disso, deverá pagar indenização de R$ 25 mil às vítimas e perdeu o
poder familiar sobre os filhos. Cabe recurso da decisão.
Homem que matou esposa é condenado por torturar os filhos
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Homem que matou esposa é condenado por torturar os filhos
O ex-advogado Jaminus Quedaros de Aquino
[https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/03/27/advogado-reu-por-matar-esposa-na-frente-dos-filhos-em-curitiba-e-excluido-dos-quadros-da-oab.ghtml],
acusado de matar a ex-companheira na frente dos filhos, foi condenado por
torturar as duas crianças enquanto ainda convivia com eles.
Em 2022, Jaminus atirou contra Suellen Rodrigues
[https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/10/31/mulher-morta-a-tiros-na-frente-dos-filhos-tinha-medida-protetiva-contra-ex-marido.ghtml]
enquanto ela deixava os filhos do casal na escola para o primeiro dia de aula em
Curitiba [https://g1.globo.com/pr/parana/cidade/curitiba/]. À época, as crianças
tinham 10 e 7 anos e tinham fugido com a mãe de Prudentópolis
[https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/cidade/prudentopolis/] para recomeçar
a vida na capital paranaense
[https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/11/03/mensagens-de-mulher-morta-na-frente-dos-filhos-em-curitiba-mostram-medo-que-ela-tinha-do-ex-ele-vai-fazer-algo-pra-mim.ghtml].
Jaminus está preso.
[https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/11/03/advogado-suspeito-de-matar-ex-mulher-a-tiros-na-frente-dos-filhos-se-entrega-a-policia.ghtml]
Na decisão, assinada pelo juiz Christiano Camargo, Jaminus foi condenado a 35
anos de reclusão em regime fechado. Além disso, deverá pagar indenização de R$
25 mil às vítimas e perdeu o poder familiar sobre os filhos. Cabe recurso da
decisão.
Segundo o juiz, foi realizado um laudo psicológico das crianças por elas terem
presenciado o assassinato da mãe. Durante os depoimentos, as crianças indicaram
a prática de outros crimes cometidos por Jaminus.
Conforme a sentença, foram ao menos cinco episódios de agressões mencionados
pelas vítimas, que aconteceram entre 2017 e 2022. As crianças relataram
agressões físicas com tapas e cintadas e castigos, como serem deixadas presas em
uma cadeirinha no escuro.
Citaram também agressões do pai aos animais de estimação da família.
O documento aponta também que Suellen orientou o filho a se esconder no banheiro
para se proteger das agressões do pai.
A sentença destaca que, além das agressões físicas, as crianças eram expostas a
intenso sofrimento mental ao presenciarem o pai ameaçando a mãe.
“É certo que para a configuração do crime de tortura, não é necessário que a
violência seja apenas física. Em verdade, atos de violência praticados contra um
familiar próximo (no caso a genitora) em frente às crianças de tenra idade, bem
como maus tratos contra animais domésticos, pelos quais os infantes nutrem
apreço, igualmente se prestam a caracterizar o delito em questão”, afirma o
documento.
Em depoimento, Jaminus negou as agressões. Procurada pelo DE para comentar a
decisão, a defesa dele optou por não se manifestar.
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1 de 2 Suellen era de Prudentópolis, na região central do estado — Foto:
Divulgação
Suellen era de Prudentópolis, na região central do estado — Foto: Divulgação
O CRIME
Suellen foi morta a tiros na frente da Escola Municipal Professora Donatilla
Caron dos Anjos no bairro Uberaba.
Câmeras de segurança registraram que o carro onde estava o assassino estava
estacionado em frente à escola. Suellen aparece caminhando com o filho de dez
anos e a filha de oito, quando o homem sai do carro correndo em direção a eles. Assista abaixo.
Mulher é morta em frente a escola de Curitiba; ela deixava crianças na aula
Depois de uma discussão de cerca de 40 segundos, o homem disparou contra a
vítima. Suellen morreu no local.
Após a morte da mãe, as crianças foram acolhidas pelo conselho tutelar e depois
encaminhadas para os familiares maternos.
A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que
sustenta os agravantes por motivo torpe, mediante emprego de meio que resultou
perigo comum e feminicídio.
Além disso, constam na denúncia causas de aumento de pena, uma vez que o crime
foi praticado na presença dos filhos do casal e cometido em descumprimento a
medidas protetivas impostas anteriormente.
Não há previsão de quando o ex-advogado será julgado pelo crime.
2 de 2 Jaminus Quedaros de Aquino — Foto: Divulgação
Jaminus Quedaros de Aquino — Foto: Divulgação
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