O homem suspeito de matar as duas filhas para se vingar da mãe das crianças por uma traição planejou o crime. O crime foi cometido há pouco mais de uma semana em Santo Antônio do Descoberto. A Polícia Civil (PCGO) já concluiu o inquérito e Ramon Pereira deve responder pelo homicídio das crianças de 4 e 8 anos de idade e ainda por motivo por lesão corporal contra a esposa. O documento com o indiciamente seguirá para o Ministério Público.
“O suspeito, realmente, já tinha esse pensamento de executar as crianças e planejou o crime. Ele não faz tratamento médico ou uso contínuo de medicação. O exame cadavérico ainda precisa ser finalizado, porém já apontou que as vítimas foram esfaqueadas e, posteriormente, ele colocou fogo no carro. Agora, só falta completar a perícia para saber se as meninas já estavam mortas antes do incêndio”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Marcus Cardoso, em entrevista ao G1 Goiás.
A investigação considerou o depoimento de duas testemunhas. O motorista de Uber disse a uma pessoa próxima da família que desconfiava da traição e mataria as filhas e depois se suicidaria, caso confirmasse a infidelidade. Além disso, Ramon perguntou ao homem com quem a esposa teria um relacionamento extraconjugal se portava arma de fogo. Se condenado, o suspeito pode ser condenado à prisão por até 60 anos.
Ele foi encontrado após horas de buscas em uma mata próximo ao local do crime, na GO-462. Ramon, a esposa e as filhas moravam em Santo Antônio e eram conhecidos por formar uma família cristã e feliz. O motorista teria esfaqueado e trancado as duas jovens dentro do veículo e ateado fogo. As meninas imploraram ao pai para não serem mortas. O homem chegou a ligar para os avós das meninas informando o plano de assassinato.
Uma das filhas teria pedido ao pai para urinar. Ramon agrediu a esposa pela suposta traição antes de usar o carro dela para buscar as filhas na escola e executar a vingança. Vizinhos disseram que o homem é conhecido por ser uma boa pessoa, pela calma e pelo histórico de anos como frequentador de uma igreja evangélica da cidade. A irmã do suposto autor afirmou que a cunhada havia pedido o divórcio há cerca de um mês, mas decidiram tentar uma reconciliação. Ele estaria até seguindo um jejum religioso.