O Tribunal de Justiça de Goiás converteu a prisão em flagrante de Leonardo Gomes Monteiro, acusado de matar a mulher e enteada, em prisão preventiva. A decisão é do juiz Lionardo José de Oliveira, em substituição na 7ª Vara Criminal de Goiânia, durante audiência de custódia, ocorrida nesta terça-feira (20).
Segundo o magistrado, restaram preenchidos todos os pressupostos da prisão preventiva, já que foram demonstradas provsa da materialidade e os indícios de autoria do delito. Ele também constatou que a conversão da prisão em flagrante em preventiva do detido é medida que se impõe como forma de garantir a ordem pública, principalmente devido à gravidade do crime.
“É necessário, pois, uma postura mais rigorosa da Justiça em casos como o dos autos. Assim, resulta configurada a condição necessária para justificar o decreto de prisão preventiva, qual seja, a garantia da ordem pública, em face das circunstâncias do caso que, pelas características delineadas, retratam, in concreto, a periculosidade do indiciado, sobretudo, o modus operandi do delito’”, disse o juiz.
Homicidío
O acusado foi encontrado por policias militares na última segunda-feira (19), correndo pela Avenida Independência com uma faca na mão e a roupa suja de sangue. Ele havia acabado de abandonar a cena do crime.
Os policiais começaram a perseguição e, após capturá-lo, o acusado confessou o crime, apontando as proximidades de um bar como local do crime. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram a enteada ainda viva, mas mesmo sendo rapidamente socorrida, por uma equipe do Corpo de Bombeiros, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. A mulher de Leonardo foi encontrado foi encontrada morta no mesmo local.
De acordo com os autos, Leonardo relatou aos policiais que praticou o crime com o objetivo de se defender de supostas agressões das vítimas. Porém, para o juiz que de deferiu a prisão preventiva, essa versão não encontrou respaldo de natureza cognitiva, uma vez que ele teria se desentendido com a vítima e abandonado o local, retornando depois para matá-las, “o que demonstra de maneira irrefragável que ele teria tido tempo suficiente para refletir sobre o ocorrido, se arrepender e desistir de praticar os crimes, procurando as via legais para resolver as supostas agressões sofridas”, afirmou.