Homem que tentou sequestrar criança alega insanidade mental: Advogado pede avaliação psiquiátrica

Defesa alega insanidade mental de homem que tentou sequestrar criança

Advogado de Diego Fernandes, preso por tentativa de sequestro e lesão corporal, pediu à Justiça avaliação da saúde mental do acusado

São Paulo — A defesa de Diego Fernandes dos Santos, de 29 anos, preso por tentativa de sequestro de uma criança de 3 anos e lesão corporal contra uma babá, pediu à Justiça a instauração de incidente de insanidade mental, procedimento que avalia a saúde mental do acusado e que pode livrá-lo de punição em caso de doença psíquica comprovada.

O suspeito foi flagrado por câmeras de segurança agredindo uma babá e arrancando o menino dos braços dela, na calçada de uma rua, em plena luz do dia, em novembro do ano passado. Ele está preso preventivamente há um mês e meio.

Os advogados de Diego também solicitaram que a prisão preventiva fosse revogada, o que foi negado pela Justiça. O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra o suspeito e se manifestou contrário ao pedido de liberdade provisória. No entanto, o órgão afirmou que, “em atenção às alegações defensivas”, espera que “seja, então, instaurado incidente de insanidade mental do acusado”.

“GUIA ESPIRITUAL”

Ainda no processo, a defesa anexou prints de mensagens de Diego para seu guia espiritual. Na conversa, o suspeito afirma não se lembrar de absolutamente nada do que aconteceu. A conversa teria acontecido momentos depois de ele tentar sequestrar a criança. O advogado de Diego também alegou que, à época dos fatos, ele agiu sob um estado de descontrole psíquico que comprometeu sua capacidade de entendimento e autodeterminação.

“Diego sofreu uma drástica mudança em sua estabilidade emocional após o falecimento de sua mãe, ocorrido poucos meses antes do evento em análise. Esse episódio desencadeou um quadro de depressão severa, que resultou em isolamento social, comportamentos autodestrutivos e, especialmente, pensamentos suicidas”, afirmou a defesa. “No dia dos fatos, Diego estava emocionalmente fragilizado e, após consumir bebida alcoólica, seu estado mental foi ainda mais prejudicado”, completa.

PLENA LUZ DO DIA

Uma câmera de segurança flagrou o crime (assista abaixo). Pelas imagens, é possível ver que a babá está caminhando de mãos dadas com o menino pela calçada, quando o suspeito começa a segui-los. Ele estica a mão para a criança, que se afasta, assustada. A babá, então, pega o garoto no colo e volta a caminhar na direção oposta, e novamente é seguida pelo homem. Nesse momento, o suspeito puxa a mulher pelos cabelos e a joga em um gramado, junto com a criança. Em seguida, ele dá um chute na mulher e pega o menino. Com a criança no colo, o suspeito caminha em direção à avenida, quando surge outro homem e impede a ação. A babá consegue recuperar o garoto, que está visivelmente chorando.

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Ataque a assentamento do MST: ministro alerta contra ódio e uso de armas

Ministro de Lula afirma que ataque a assentamento é alerta contra ódio

Um assentamento do MST, em Tremembé (SP), foi alvo de um ataque a tiros na última sexta-feira (10/1)

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o ataque a tiros contra um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo, é um alerta contra o discurso de ódio. O episódio terminou com dois mortos e outras seis pessoas feridas.

“O assassinato de dois líderes e o ataque a mais cinco militantes do DE devem servir de alerta contra o discurso de ódio, o uso de armas e a criminalização da reforma agrária que os discursos da extrema direita têm difuso”, escreveu o ministro na rede social X.

O que aconteceu:

– Dois homens morreram e seis ficaram feridos após um ataque a tiros no assentamento Olga Benário, em Tremembé (SP);
– Os feridos foram socorridos e encaminhados aos hospitais de Taubaté e Tremembé;
– A Polícia Federal instaurou um inquérito, com acompanhamento do Ministério da Justiça.

Um dos delegados responsáveis pela investigação sobre o ataque informou que o crime não teve relação com o movimento e que a motivação teria sido um desentendimento interno.

“Se desentenderam com uma questão local, nada relacionado com o movimento ou com invasão e de defesa de terra. A intenção do grupo não era tomar posse. Era uma cobrança no sentido de que [alguma] pessoa não estava aceitando a negociação. Foi uma desinteligência totalmente fora de controle por motivos internos da organização do assentamento”, disse o delegado Marcos Ricardo Parra, da Delegacia Seccional de Taubaté.

Paulo Teixeira esteve em Tremembé, neste domingo (12/1), para visitar o assentamento Olga Benário, regularizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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