Homem se passa por pai de santo para enganar idosos

A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão definitiva contra um homem que enganava idosa em Goianésia, centro de Goiás. José Felipe Machado Barbosa, foi condenado a oito anos e cinco meses de prisão por estelionato e extorsão, se passando por pai de santo, com a promessa de curas milagrosas em troca de dinheiro.

Segundo a polícia, sete inquéritos foram finalizados sobre golpes efetuados pelo falso pai de santo. O valor estimado do prejuízo foi no total de R$60 mil.

O juiz Rafael Machado de Souza, em substituição na 2º Vara de Goianésia, condenou José Felipe por crime de estelionato. Ao decorrer do julgamento, o juiz averiguou dados cadastrais vinculados ao número condenado, comprovantes feitos pelas vítimas e depoimentos colhidos durante a investigação.

Com isso, o magistrado concluiu que as provas eram necessários para a sentença. “Especialmente porque, nos crimes patrimoniais, a palavra da vítima assume especial relevância, notadamente quanto corroborada por outros elementos de prova”, afirmou.

Entenda os golpes

José Felipe fornece ajuda de um “Pai Zé” para curar a compulsão alcoólica do filho de uma vítima. Ele cobrou R$600,00 para retirar um “espírito obsessor” e logo após, através de um contato telefônico, convenceu a vítima a pagar mais R$917,00.

A vítima se recusou a continuar com os trabalhos espirituais e José Felipe passou a ameaçar e extorquir a idosa, a fazendo pagar mais de R$20 mil.

Em outra situação, o condenado ofereceu um trabalho espiritual para curar um idoso que tinha problemas de saúde. O idoso afirma que, depois que José Felipe visitou a residência, ele recebeu uma ligação de uma pessoa que se nomeava como “Pai Antônio”. Na chamada, José Felipe relatou ter tido uma visão em que o idoso estaria naquela situação por ter sido vítima de uma feitiçaria.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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