Homem se torna réu por morte de grávida em trilha no PR, diz MP. Alegação de fugir de paternidade.

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Grávida foi morta em trilha de cachoeira do Paraná porque réu não queria
‘responsabilidade da paternidade’, diz MP

Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, se tornou réu pela morte de Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos. A Defesa dele nega o crime.

A jovem Jackeline Liliane dos Santos tinha 28 anos e morreu na trilha da cachoeira Salto das Orquídeas, situada em Sapopema (PR).

Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, se tornou réu na Justiça pela morte de Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos. Na denúncia criminal, o Ministério Público (MP) afirma que o homem assassinou a mulher por não aceitar a gravidez da vítima, que relatou estar esperando um filho dele.

Para a promotoria, o homem não queria “a responsabilidade que lhe poderia ser atribuída em decorrência da paternidade”, como o pagamento de pensão, por exemplo, e também não queria atrapalhar as tentativas de reconciliação que estava tendo com a ex-esposa, de quem estava separado informalmente há cerca de dois anos.

Jackeline morreu em uma trilha próxima ao Salto das Orquídeas, cachoeira localizada em Sapopema, nos Campos Gerais do Paraná. Inicialmente, Marcione alegou que a jovem sofreu um acidente, enquanto a polícia afirma ter encontrado vestígios que indicam ter se tratado de um assassinato. Relembre mais abaixo.

No documento que converteu a prisão dele de flagrante para preventiva, a juíza Tais Silva Teixeira afirmou que “há prova inequívoca de materialidade e indícios de autoria”, apontando considerar que o crime foi premeditado pelo homem. Depoimentos indicam que Marcione insistiu em fazer o passeio no local, “onde poderia simular um acidente”.

O advogado Silvano Cardoso Antunes, que atua na defesa do suspeito, nega que tenha acontecido um crime e reafirma que Marcione alega que o que aconteceu foi um acidente. Ele responde pelos crimes de feminicídio qualificado (por motivo torpe e dissimulação), fraude processual, aborto e tentativa de aborto. As penas, somadas, podem chegar a 50 anos de prisão.

Na denúncia, o Ministério Público também pediu que Marcione seja condenado a pagar uma indenização de R$ 300 mil aos familiares da vítima pelos “danos materiais e morais” causados pelos crimes. O órgão solicitou, ainda, exames de DNA entre o acusado e o embrião da vítima, e outro para confirmar se Jackeline foi drogada algumas semanas antes pelo homem, para confirmar a denúncia de tentativa de aborto.

A Justiça aceitou o exame toxicológico para confirmar a tese do remédio abortivo, mas negou o DNA devido ao “direito à não autoincriminação”.

Mulher morreu em trilha de cachoeira. Segundo a polícia, Marcione mantinha um relacionamento com Jackeline, mas soube da gravidez enquanto tentava se reconciliar com a ex-companheira, o que teria motivado o crime.

Jackeline morreu na tarde de 27 de abril, por volta das 16h30, em uma trilha a aproximadamente 1,5 km do Salto das Orquídeas. Marcione alegou que a mulher sofreu uma queda e bateu a cabeça contra uma pedra; porém, a perícia constatou que vestígios encontrados indicavam se tratar de homicídio.

Nos vídeos mais assistidos do DE PARANÁ, destaca-se a prisão do homem por envolvimento na morte da grávida em trilha de cachoeira. Fique por dentro das notícias da região em DE Campos Gerais e Sul.

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