Caso Amélia Vitória: Homem suspeito de estuprar e matar estudante vai a júri
popular, em Aparecida de Goiânia
Justiça informou que ainda não tem data marcada para o júri popular ser
realizado. Janildo Silva Magalhães é suspeito de matar e estuprar Amélia Vitória
em Aparecida de Goiânia, em 2023.
1 de 2 Janildo da Silva Magalhães (lado esquerdo) foi indiciado pela morte e
estupro da estudante Amélia Vitória (lado direito), de 14 anos, em Aparecida de
Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Janildo da Silva Magalhães (lado esquerdo) foi indiciado pela morte e estupro da
estudante Amélia Vitória (lado direito), de 14 anos, em Aparecida de Goiânia,
Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O homem suspeito de estuprar e matar a estudante, Amélia Vitória, vai a júri
popular, em Aparecida de Goiânia, vai a júri
popular. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, ainda não há uma data marcada
para acontecer o júri. A estudante desapareceu ao ir buscar a irmã na escola em
novembro de 2023.
O suspeito será representado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás
(DPE-GO). Em nota, a defensoria afirmou que vai cumprir o dever legal e
constitucional de garantir a defesa de pessoas que não têm condições de pagar
por um advogado (leia a nota completa ao final da matéria).
Identificado como Janildo Silva Magalhães, o suspeito pela morte de Amélia Vitória já respondia por ter estuprado a enteada em 2022, antes da morte da estudante, segundo a Polícia Militar.
A estudante Amélia Vitória tinha 14 anos, quando foi raptada e morta, após sair
de casa para buscar a irmã na escola, em Aparecida de Goiânia. Segundo as
investigações, ela foi estuprada em dois locais diferentes por Janildo. Primeiro, em uma região de mata atrás de um imóvel e, depois, em um imóvel abandonado, conforme informou a polícia.
De acordo com a polícia, Janildo tinha o costume de sair com uma bicicleta e
cometer furtos e roubos na região onde Amélia Vitória desapareceu. “Muito
possivelmente ele saiu naquela data para praticar roubo e furto. Ao avistar a
vítima passar, quando ia buscar sua irmã na escola, e ele, contumaz nos delitos
de ordem sexual, raptou a vítima e a levou para trás de um imóvel, onde teria a
violentado a primeira vez”, afirmou o delegado Eduardo Rodovalho na época.
Após esse primeiro ato de violência sexual, o suspeito teria colocado a vítima
no cano da bicicleta e feito um percurso de aproximadamente 6km com ela, até
chegar no local que ele usava como esconderijo para usar drogas e guardar
objetos roubados. Segundo o delegado Eduardo, no imóvel abandonado, Janildo
teria continuado estuprando Amélia durante toda a noite, até decidir matar a
estudante por meio de asfixia.
Um vídeo que mostra o suspeito andando com a menina na bicicleta (veja abaixo).
Caso Amélia Vitória: vídeo mostra suspeito levando estudante em bicicleta antes
de crimes
Dois dias após o desaparecimento de Amélia, os moradores denunciaram à polícia
que um corpo havia sido abandonado em uma rua, no bairro Parque Hayala. Durante
os exames no corpo, a perícia confirmou que a adolescente foi vítima de estupro.
Com o material genético encontrado, a polícia chegou até Janildo, que tinha DNA
cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos por já responder na Justiça por
um crime de estupro.
Segundo a investigação policial, depois de matar Amélia, o suspeito voltou para
casa e pintou a bicicleta usada no crime, além de também ter rasgado a camiseta
que usava, tendo a abandonado em um canto da casa, com o intuito de descartá-la.
O delegado Rodovalho informou, na época, que a mãe e a irmã de Janildo começaram
a estranhar o comportamento dele e não deixaram que ele se livrasse da roupa.
Aos policiais, a família do suspeito relatou também que, quando viam reportagens
sobre o sumiço da menina, Janildo ficava alterado.
“Ele saiu de casa já com um comportamento estranho. A mãe dele diz que ele falou
‘Eu vou sair, não me espere. Não sei se vou voltar amanhã e nem se vou estar
vivo’. No dia seguinte retornou já com outro comportamento, dizendo que ia
pintar a bicicleta e depois sempre ficando alterado com reportagens da menina na
televisão”, afirma o delegado.
De acordo com a polícia, a comoção da própria família com a morte de Amélia, fez
com que Janildo decidisse retornar ao imóvel para abandonar o corpo da menina em
um local de fácil localização. Perícia indica que ele envolveu o corpo no lençol
e a arrastou até a rua.