Um caso chocante chamou a atenção da polícia em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Um homem de 51 anos é suspeito de manter a própria enteada em cárcere privado por 22 anos. Os abusos começaram quando a vítima tinha apenas 7 anos de idade. Após um momento de coragem, a jovem de 29 anos conseguiu fugir e denunciar o caso à Polícia Civil.
Enquanto a vítima estava na delegacia relatando os abusos e o cárcere, o suspeito enviou mais de 15 áudios ameaçando-a. Nas mensagens, ele dizia para a vítima voltar para casa e a ameaçava caso ela não o fizesse. Segundo o delegado Eduardo Kruger, o homem ligou mais de 30 vezes para a vítima durante o tempo em que ela estava na delegacia.
Os relatos da vítima revelam um histórico de violência e controle sobre ela. Os abusos começaram aos 7 anos e a vítima engravidou aos 15. O homem, que era casado com a mãe da vítima, separou-se e a obrigou a manter um relacionamento com ele, resultando em três filhos. Além disso, ele a forçava a se relacionar com outros homens e gravava os abusos em vídeo.
O agressor controlava a vítima de forma emocional e a mantinha em cárcere privado. Além das agressões físicas, a vítima era monitorada por câmeras espalhadas pela casa. Após a denúncia feita pela vítima, a polícia prendeu o homem em flagrante na residência. Foram encontradas câmeras de monitoramento e vídeos dos abusos no celular do suspeito.
Atualmente, a vítima e seus filhos estão em local seguro aguardando medidas protetivas. O homem está preso preventivamente e é investigado por sete crimes, incluindo estupro de vulnerável, estupro, privação da liberdade, ameaças, perseguição, violência psicológica e dano emocional. O caso tem chocado a população local e reforça a importância da denúncia de casos de violência contra a mulher.
Ainda há investigações em andamento para identificar a defesa do suspeito e esclarecer todos os detalhes desse crime terrível. A Polícia Civil está atuando ativamente no caso para garantir a segurança e o bem-estar da vítima e de sua família. A sociedade deve permanecer alerta e atenta a possíveis situações de violência doméstica, denunciando sempre que necessário. Nenhuma forma de abuso deve ser tolerada e é preciso unir esforços para combater essa violência.