Homem suspeito de racha de charretes que matou Thalita Hoshino é preso no litoral de SP

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Suspeito de racha de charretes que matou Thalita Hoshino é preso no litoral de São Paulo

Fabiano Helarico foi encontrado após monitoramento de carro e é o segundo preso por participar do racha com charretes que matou a ciclista em Itanhaém (SP).

Homem investigado por envolvimento em “racha” de charretes que matou turista, em Itanhaém, foi preso — Foto: Polícia Civil, Redes Sociais e Reprodução

Fabiano Helarico, de 29 anos, foi preso preventivamente em São Bernardo do Campo. Ele é um dos cinco investigados por envolvimento na corrida de charretes que resultou na morte da turista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, em Itanhaém, no litoral de São Paulo.

O DE apurou que, além dele, outros três investigados estão foragidos, incluindo a esposa de Rudney Gomes Rodrigues, o charreteiro que atropelou a vítima e já havia sido preso.

Thalita foi atropelada em 23 de março e morreu dois dias depois, no Hospital Irmã Dulce, em consequência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). Rudney, de 31 anos, foi preso em Praia Grande no dia 29 de março e está detido na cadeia de Peruíbe.

A Polícia Civil concluiu que cinco pessoas participaram do chamado “racha de charretes”, seja conduzindo veículos ou as próprias charretes. Por isso, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os investigados.

A prisão de Fabiano foi realizada por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, com apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo e das delegacias Sede de Peruíbe e Mongaguá.

Ele foi localizado na noite da última sexta-feira (11), na Rua Passagem Anápolis, bairro Riacho Grande, em São Bernardo do Campo, após ter o carro monitorado por radares.

Conforme apurado pelo DE, Fabiano não foi localizado no endereço indicado nas oitivas — o imóvel estava fechado e com placa de venda —, mas foi encontrado posteriormente. Ele também estaria conduzindo uma charrete no momento do acidente.

O DE não conseguiu localizar a defesa de Fabiano até a última atualização desta reportagem.

BLOQUEIO COM PEDRAS

A Prefeitura de Itanhaém (SP) ergueu um bloqueio com pedras na faixa de areia da Praia do Santa Cruz no dia 28 de março para impedir a passagem de veículos e charretes na parte arenosa. A administração municipal disse que vai estudar mudanças na legislação para endurecer as penalidades contra práticas irregulares nas praias da cidade.

QUEM ERA THALITA DANIELLE HOSHINO?

Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, sonhava em morar na praia. Segundo Gabriela, Thalita era moradora de São Bernardo do Campo (SP), trabalhava na área de tecnologia e estava no litoral paulista, acompanhada de amigos, para um passeio. Gabriela e Thalita eram amigas há oito anos e estavam juntas no momento do acidente. A testemunha conseguiu desviar a bicicleta e contou ter alertado a vítima sobre os veículos. “A última palavra que eu falei foi para ela tomar cuidado […]. E aí ela foi embora, aí acabou tudo”, lamentou.

MOMENTOS ANTES DO ACIDENTE

De acordo com Gabriela, os momentos que antecederam o acidente da amiga foram bons. “Ela estava sentindo uma paz imensa. Ela estava muito feliz, estava tirando fotos, filmando, do jeito que ela sempre gostou”, afirmou a fisioterapeuta. Ainda segundo Gabriela, Thalita demorou para decidir a roupa que usaria no passeio de bicicleta. “Ela nem ia colocar biquíni no dia, mas quando abriu um solzinho, ela falou: ‘eu vou pôr um biquíni’. Um biquíni roxo, porque ela adora cor roxa”, relembrou.

CARACTERÍSTICAS

De acordo com a fisioterapeuta, ela e Thalita tentavam se reunir pelo menos uma vez ao mês, pois eram muito próximas e se ajudavam. “Podia estar passando qualquer tipo de problema, ela sempre sabia como resolver, sempre sabia como se virar. Ela era realmente a nossa conselheira, uma pessoa que não deixava você ficar triste, não deixava você ficar de baixo astral. Ela sempre me levantava. Nos piores e nos melhores momentos, ela esteve do meu lado”, informou. Ainda segundo Gabriela, a amiga era muito resiliente e calma. “Ela era luz, paz, mansidão”, finalizou.

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