Homem tem 50% do corpo queimado após acender fogo com álcool, em Goiânia

Um homem de 33 teve o 50% do corpo queimado após tentar acender fogo utilizado álcool, em Goiânia. Sem dinheiro, Stive Deives Alves teria tentado acender o fogo mas acabou com queimaduras nos membros inferiores e no rosto. O acidente ocorreu na última sexta-feira (2), no Setor Jardim Bela Vista, em Goiânia. Informações são do Mais Goiás.

Segundo Chirlene Correia da Silva, de 50 anos, esposa da vítima, o homem estava buscando uma alternativa para que a família não ficasse com fome. Ela relatou que teria saído e deixado o marido sozinho terminando o almoço, quando o vizinho avistou uma fumaça saindo da residência onde o casal mora.

“Nós havíamos mudado para essa casa há uma semana e eu acabei tendo que vender o gás para pagar o frete da mudança. Há uns dias a gente estava improvisando”, contou.

O Corpo de Bombeiro foi acionado e prestou atendimento à família. Stive foi levado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) onde segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com os militares, ele sofreu queimaduras nos membros inferiores e no rosto, cerca de 50% do corpo.

“Quando eu cheguei em casa já estava tudo destruído, os móveis queimados, nossas roupas destruídas, perdemos tudo. Meu marido nem conseguiu me explicar direito o que aconteceu. Ele tremia muito, não dava conta de falar”, contou.

Conforme a família, o último boletim divulgado pelos médicos informou que o estado de saúde de Stive é grave.

Chirlene é trabalhadora autônoma e o marido está desempregado. A mulher explicou que a família está passando por dificuldades financeiras e agora, com os pertences destruídos, eles precisam de ajuda para recomeçar.

“Minha filha fez um pedido nas redes sociais e conseguimos o dinheiro para pagar o aluguel de um novo barracão. Porém, preciso de roupa, comida e móveis. Minha geladeira, meu sofá, minha televisão, praticamente tudo foi destruído”, contou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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