Nesta terça-feira, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi palco de uma emocionante missa de sétimo dia em homenagem aos quatro policiais que perderam suas vidas durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. A operação se tornou a mais letal da história, resultando em 121 mortos. Antes mesmo do início da solenidade, a praça da Cinelândia, no Centro da cidade, já estava tomada por viaturas de colegas dos agentes. Dezenas de policiais e bombeiros compareceram para prestar suas homenagens aos colegas caídos.
Os quatro policiais mortos na megaoperação são Cleiton Serafim Gonçalves, Heber Carvalho da Fonseca, Marcos Vinicius Carvalho e Rodrigo Cabral. Rodrigo, que estava há apenas dois meses na Polícia Civil e lotado na 39ª DP (Pavuna), era considerado um profissional promissor. Durante o confronto, infelizmente, levou um tiro na nuca e não resistiu aos ferimentos. Nas redes sociais, ele compartilhava momentos de sua vida fora do trabalho, sempre sorridente e cercado pela família.
Marcos Vinicius Carvalho, conhecido como Máskara, tinha uma longa carreira na Polícia Civil e recentemente assumiu uma das chefias da 53ª DP (Mesquita). Com 20 anos de serviço, ele era muito respeitado entre os colegas e atuava diretamente no enfrentamento ao crime organizado, mesmo ocupando um cargo de chefia. Infelizmente, durante a operação, foi atingido na cabeça e não resistiu aos ferimentos.
No dia seguinte à megaoperação, moradores do Complexo da Penha levaram diversos corpos retirados de uma área de mata para a praça local. Mais de 120 pessoas foram vítimas dessa operação, que foi marcada por confrontos violentos entre policiais e traficantes. Entre os mortos, estavam também alguns suspeitos ainda não identificados, cujos corpos foram levados pelos moradores para a praça em um ato de desespero e como forma de chamar a atenção para a violência que assola a região.
Os sargentos Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, ambos experientes policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), também perderam suas vidas durante a operação. Com 17 e 14 anos de serviço, respectivamente, eles foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. Cleiton, com 42 anos, deixa esposa e filha, enquanto Heber, de 39 anos, deixa esposa, dois filhos e um enteado. Nas redes sociais, o Bope lamentou a morte dos policiais, destacando seu legado de coragem e compromisso com a missão.
A comunidade e os familiares dos policiais mortos lamentam profundamente a perda de seus entes queridos. A missa de sétimo dia no Theatro Municipal foi um momento de emoção e reflexão, onde colegas de farda e cidadãos se uniram para prestar suas condolências e homenagens aos heróis que tombaram no cumprimento do dever. Que suas memórias sejam honradas e que a justiça seja feita em relação a essa megaoperação que marcou a história do Rio de Janeiro.




