A juíza Tula de Melo compartilhou sua dor e gratidão durante a missa de sétimo dia do seu marido, o agente da Core João Pedro Marquini Santana, de 38 anos, que foi brutalmente assassinado por bandidos no Rio de Janeiro. Em um momento de emoção e coragem, a magistrada revelou que o seu marido deu a vida por ela, ficando na linha de tiro para que ela pudesse escapar durante o trágico episódio na Serra da Grota Funda, na noite de 30 de março. Ela ressaltou a vocação do agente para salvar vidas e seu desejo de ser o melhor pai, marido, filho, amigo e irmão, cumprindo essa missão até o último momento.
Comovida, Tula de Melo destacou o amor e coragem de João Pedro, que enfrentou narcoterroristas armados com fuzis apenas com uma pistola, sem hesitar em proteger a vida da esposa. Ela ressaltou a dedicação do agente em proteger e salvar pessoas, mesmo diante do perigo iminente. Durante a celebração, familiares, amigos e colegas de trabalho de Marquini prestaram homenagens ao policial, ressaltando sua coragem e comprometimento com a segurança da sociedade.
A narrativa do crime chocou a todos os presentes, com relatos detalhados da tentativa de roubo do veículo conduzido pela juíza e do sacrifício do agente em protegê-la. Mesmo com o carro blindado atingido por disparos de fuzil, Tula de Melo conseguiu escapar, enquanto João Pedro foi fatalmente baleado durante o confronto com os criminosos. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso, levantando hipóteses sobre a possível ligação dos bandidos com uma tentativa de invasão a uma favela na região.
Após o crime, a polícia apreendeu o veículo usado pelos criminosos, constatando que era roubado e utilizava uma placa clonada. A perícia realizada no carro revelou indícios que apontam para a participação dos criminosos em outras atividades ilícitas na região. A comunidade onde o crime ocorreu ficou abalada com a violência e a audácia dos bandidos, que agiram sem medir as consequências dos seus atos.
A morte de João Pedro Marquini Santana deixou a sociedade consternada com a perda de um profissional dedicado e amoroso, que deu a vida por um bem maior. O legado do agente da Core permanecerá vivo na memória daqueles que o conheceram e admiravam a sua coragem e generosidade. A celebração do sétimo dia foi marcada por lágrimas, saudade e pela certeza de que o amor e a dedicação de João Pedro serão lembrados para sempre. O Rio de Janeiro perdeu não apenas um herói, mas um exemplo de honra e bravura que inspira a todos a lutar pelo bem e pela justiça.