Homens com níveis baixos de testosterona enfrentam maior risco de morte precoce, diz pesquisa

Homens com níveis baixos de testosterona enfrentam maior risco de morte precoce, diz pesquisa

Um estudo divulgado na terça-feira, 14, na revista científica Annals of Internal Medicine, sugere que a deficiência de testosterona pode estar associada a um maior risco de morte precoce, ocorrendo antes dos 70 anos de idade. A medicina tem investigado os possíveis efeitos desse hormônio no funcionamento do corpo masculino.

Coordenado por uma equipe da Universidade da Austrália Ocidental, o estudo consolidou os resultados de 11 pesquisas. A equipe comparou o impacto dos níveis de testosterona na expectativa de vida de homens de diversas faixas etárias, predominantemente idosos, que foram monitorados por pelo menos cinco anos.

Os pesquisadores examinaram óbitos decorrentes de várias causas, destacando especialmente um aumento nos falecimentos por doenças cardíacas entre os participantes com níveis reduzidos de testosterona. Este hormônio, principal hormônio sexual masculino, é secretado nos testículos e desempenha um papel fundamental na regulação de diversos processos corporais, desde o crescimento de pelos até o aumento da massa muscular.

O estudo não pôde determinar se os baixos níveis de testosterona nos participantes eram uma causa ou consequência das doenças que resultaram em suas mortes, uma vez que várias condições de saúde, como a obesidade, representam fatores de risco para problemas cardíacos e podem influenciar na redução da produção do hormônio.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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