Homens mantém secretária da Semad e familiares como refém

A secretária titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Andréa Vulcanis, foi feita de refém juntamente com outros familiares. No domingo, 30, três homens invadiram a casa da secretária, no Distrito Federal, e eles amordaçaram as vítimas. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) suspeita que o grupo estivesse observando a família a algum tempo.

Segundo a PM, os homens entraram na casa durante a madrugada e esperaram a família acordar e abrir a porta para os roubar. Vulcanis e outros parentes foram mantidos em cárcere privado momentâneo enquanto roubavam a casa.

“Eles pularam o muro da casa durante a madrugada, esperaram amanhecer, e quando abriram a casa, eles renderam a família, amordaçaram, realizaram vários PIX, transferências bancárias, pegaram vários objetos e colocaram em dois veículos da família. Foram agressivos, mas, graças a Deus, ninguém ficou ferido”, explicou o coronel Allan Pereira Cardoso, comandante regional da PMDF.

Os homens roubaram dois carros, objetos pessoais da secretária, além de obrigarem os reféns a fazerem transferências via Pix.

Até o momento, dois dos homens foram encontrados após o crime, na cidade de Águas Lindas de Goiás. A Polícia Militar do Distrito Federal deteve o homem que mantinha os veículos roubados no Recanto das Emas.

Ao serem encontrados, o comandante afirmou que os suspeitos dispararam contra a corporação. “Houve revide. Eles desembarcaram, fugiram, dispensaram as armas. Nem os policiais, nem os bandidos foram atingidos, mas nós conseguimos prender os dois”, disse.

Parte dos bens roubados foram encontrados pela polícia em um lote baldio, dentre os itens havia um celular e uma mala com pares de sapatos, peças de roupa e perfumes.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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