Homens morrem mais que mulheres por causa do coronavírus. Entenda o motivo

Com o avanço da pandemia de Covid-19, o perfil dos pacientes infectados vítimas fatais se torna mais claro. Uma tendência mundial – observada também no Brasil – diz respeito à maioria masculina entre os pacientes que chegaram a óbito.

Embora não sejam considerados grupo de risco, os homens representam 58% das mortes no Brasil. O número se mostra ainda mais alarmante quando consideramos o fato de que, no país, há quase 4 milhões a mais de mulheres idosas – faixa etária que corre maior risco de morte devido à doença.

Além disso, a iniciativa independente Global Health 50/50 divulgou uma pesquisa sobre o assunto na qual os homens são apontados como 50% à 80% mais suscetíveis às manifestações graves do Covid-19 no mundo.

De acordo com especialistas entrevistados pelo portal DailyMail, porém, a justificativa pode estar relacionada à uma predisposição genética, além do estilo de vida e traços culturais, mesmo fator que influencia na mortalidade dos homens por outras doenças além do Covid-19.

“Um dos principais fatores pode ser o tabagismo , que maximiza a agressividade da doença e é mais comum entre os homens”, aponta cientista e pesquisadora Sabrina Keys, que pesquisa sobre as diferenças de infecções virais de acordo com o sexo na escola de saúde pública Bloomberg.

Ainda segundo Keys, “existe um padrão que podemos perceber em diferentes infecções virais do trato respiratório e que aponta os homens como portadores de manifestações piores dessas doenças”. De acordo com a cientista, existem evidências de que o corpo deles manifeste menos “habilidade” para combater os invasores.

Já o infectologista James Gill, da escola médica Warwick, afirmou ao DailyMail acreditar que a razão para a alta letalidade entre os homens é muito mais simples do que um fator genético . “Homens simplesmente não olham para seus corpos como deveriam”, afirma o profissional.

De acordo com ele, homens são menos inclinados a seguir com dietas restritivas ou medicamentos quando necessário, o que ocasiona em uma alta inserção como pacientes de doenças crônicas como problemas cardíacos e hipertensão o que, nesse caso, insere os homens no grupo de risco para o coronavírus.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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