Horas após alta hospitalar, Bolsonaro participa de partida de futebol beneficente em Goiás

Após receber alta hospitalar, na manhã desta quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu a um jogo de futebol beneficente em Buriti Alegre, no estado de Goiás. A partida, promovida pelos cantores Gustavo Lima e Marrone, aconteceu na noite desta quarta-feira (5). Gustavo Lima acabou cancelando a participação depois de ser diagnosticado com Covid-19.

O chefe do Executivo federal deixou o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, às 10h20 desta quarta, onde estava internado desde a madrugada de segunda-feira (3). Ele chegou ao Palácio da Alvorada às 13h e, quatro horas e quarenta minutos depois, às 17h40, o comboio presidencial deixou o local e seguiu para a Base Aérea de Brasília, rumo ao município goiano.

O jogo ”Amigos do Marrone contra a fome” aconteceu no Clube do Trabalhador e contou com a presença de artistas como o cantor Felipe Araújo, o ator Eri Johnson e o jogador de futebol Michael. O filho do presidente, Flávio Bolsonaro também participou do evento.

Ao lado do cantor Marrone e do prefeito da cidade, André Chaves, Bolsonaro entrou com a bola em campo e cumprimento apoiadores sem a utilização de máscara.

Alta hospitalar

O presidente deu entrada no hospital no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na madrugada de segunda, depois de se sentir mal durante suas férias no litoral de Santa Catarina. Ele foi diagnosticado com nova obstrução intestinal causada por um camarão não mastigado.

A possibilidade de uma nova cirurgia foi descartada pelo médico Antônio Luiz Macedo, que operou o presidente durante as eleições de 2018 após um atentado onde foi atingido por uma facada.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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