Hospital de Urgências de Anápolis realiza primeira captação de coração

Na tarde desta sexta-feira, dia 25, o Hospital de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUAna), unidade da rede própria da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás , realizou mais uma captação de órgãos para transplantes. Após constatada morte encefálica, a família de um paciente de 18 anos, internado no HUAna, consentiu com a doação de múltiplos órgãos do rapaz. O ato de solidariedade vai beneficiar seis pessoas que estavam na fila de transplante em Goiás, Distrito Federal e São Paulo.

Foram doados rins, fígado, córneas e, pela primeira vez no HUAna, o coração. O procedimento de captação reuniu cerca de 20 pessoas compostas por integrantes da equipe do HUAna, da equipe da Central de Transplantes de Goiás, profissionais das cidades de Brasília e São Paulo, e também da Fundação Banco de Olhos de Goiás. Contou ainda, com apoio do serviço de transporte do hospital e da Polícia Militar.

A supervisora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos, Tecidos e Transplantes (CIDHOTT) do HUAna, Vanessa Lobo, ressaltou o ato mais importante desta captação: “Seis vidas serão salvas, graças ao consentimento da família em realizar a doação, e, ao empenho da nossa equipe do HUAna e da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos de Goiás” frisou.

O Diretor Técnico do HUAna, Dr. Márcio Matias de Oliveira, esteve presente no centro cirúrgico para acompanhar a captação e, na oportunidade, ressaltou o compromisso do hospital em salvar vidas por meio da parceria efetiva com a Central de Transplantes: “mesmo com todo o trabalho dos nossos profissionais capacitados e com nossa estrutura de referência, alguns pacientes não se recuperam e fatalmente vão a óbito. Nessa hora, surge a chance de salvar outras vidas, com a autorização das famílias dos pacientes, que mesmo em luto, se sensibilizam com o sofrimento de tantas pessoas. O transplante de órgãos é um alento a quem espera ansiosamente por mais uma oportunidade de viver”.

Fonte: Comunicação Setorial da Secretaria da Saúde do Estado de Goiás

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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