O caso da gestante que teve as mãos amputadas após o parto ganhou mais um capítulo. O hospital se manifestou informando que a decisão foi necessária para salvar a vida de Gleice Kelly Gomes. A mulher havia dado entrada no hospital para dar à luz o terceiro filho. Ela alega que houve erro médico.
“Devido à irreversível piora do quadro com trombose venosa de veias musculares e subcutâneas, houve a necessidade de se optar pela amputação do membro em prol da vida da paciente”, informou o hospital por meio de nota enviada ao UOL.
Apesar de ter se defendido, a administração da unidade de saúde optou por afastar a liderança médica regional preventivamente, contratou uma perícia independente e abriu uma sindicância interna. Gleice teria apresentado hemorragia grave e um acesso para aplicação de medicamentos foi colocado em um braço, que começou a inchar. O quadro não melhorava, por isso a equipe decidiu trocar o acesso por outros dois pontos: em um outro braço e no pescoço.
O hospital decidiu transferir a mulher para uma outra unidade de saúde que oferecia o serviço de Unidade de Terapia Intensiva. Dias após ser internada no outro estabelecimento, um funcionário ligou para o marido da paciente informando que a mãe e o punho deveriam ser amputados. A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público regional investiga o caso.
A advogada de Gleice entrará com ações administrativa junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) e também civil para solicitar indenização por danos morais, materiais e estético. A vítima é fiscal de caixa de supermercado e agora precisa de ajuda para cuidar de si e dos filhos de 8 e 4 anos e um bebê de três meses de vida.