Hospital em SP investiga caso de mucormicose em paciente com covid-19

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo está investigando um caso de mucormicose em um paciente de cerca de 30 anos de idade com histórico de covid-19.

A mucormicose é uma infecção rara, provocada por um fungo, e tem acometido milhares de pacientes com coronavírus na Índia. Esse fungo é encontrado, principalmente, em lugares quentes e úmidos. A doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa a pessoa.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a doença afeta principalmente pessoas que têm problemas de saúde ou tomam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater germes e doenças.

“É uma doença causada por um fungo, felizmente incomum no nosso país, embora tenhamos ocorrências de casos. É uma doença muito grave e que acomete, em especial, pacientes com baixa imunidade. Infelizmente, o fato de se usar corticoides em altas doses acaba provocando ocorrência com um ou outro paciente”, explicou hoje (2) o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

Ontem (1º) um caso de mucormicose foi confirmado em Manaus pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD). Segundo a fundação, o paciente era um homem de 56 anos, residente em Manaus, com histórico de diabetes tipo 2. Esse paciente foi internado no dia 12 de abril e morreu quatro dias depois no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio.

Ele havia recebido a primeira dose da CoronaVac, vacina contra a covid-19, no dia 1º de abril. Dias depois, já apresentou sintomas gripais. O teste de RT-PCR não detectou covid-19. Esse paciente apresentou também um prurido no olho direito, que evoluiu para uma infecção local. Após a confirmação do caso, um alerta foi emitido para os médicos que atendem pacientes com covid-19 e diabetes no estado do Amazonas.

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Saúde lança campanha Dezembro Vermelho de conscientização e luta contra o HIV/Aids

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), lança neste domingo, 1º, a campanha Dezembro Vermelho, que marca o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e é celebrada anualmente desde 1988 no Brasil. Ao longo do mês, serão realizadas diversas ações para reforçar a importância do combate e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

O Brasil enfrenta uma epidemia de HIV e Aids desde a década de 80, com um total de 1.124.063 casos de infecção por HIV entre 1980 e junho de 2023.

Em Goiás, segundo o Boletim Epidemiológico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (Subvs) da SES, foram notificados 7.896 casos de infecção pelo HIV em pessoas com idade acima de 13 anos, entre janeiro de 2020 e agosto de 2024.

O maior percentual de casos foi observado em pessoas de 20 a 29 anos, do sexo masculino. Nesse mesmo período foram registrados 1.344 óbitos por Aids no estado.

HIV

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Quando não tratado de maneira adequada, pode evoluir para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) levando à diminuição da quantidade de células de defesa e favorecendo doenças oportunistas.

A transmissão do HIV acontece durante relações sexuais sem preservativo e por meio de contato sanguíneo como uso de seringa por mais de uma pessoa. Além de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados, da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical), no parto e na amamentação.

“É muito importante que estados e municípios implementem as ações de prevenção e controle, que envolvem a testagem para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado. O HIV é uma infecção crônica que não tem cura, mas que tem tratamento e a pessoa em tratamento, se torna indetectável, não sendo transmissível”, pontuou a assessora técnica da Subvs/SES, Cristina Laval.

Dezembro vermelho

Durante o mês de dezembro, a SES e as unidades de referência para o tratamento da doença, realizam uma série de ações para levar conscientização à população. O objetivo é mostrar a importância da prevenção, diagnóstico, tratamento e da proteção dos direitos das pessoas vivendo com HIV.

Neste domingo, o Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-SOL) e o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) realizaram o 1° Passeio Ciclístico e Caminhada – Um por todos e todos contra a Aids, no Parque Areião, em Goiânia. O evento abriu a programação do Dezembro Vermelho.

Na próxima terça-feira (03/12), a Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Spais) e a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES promovem o Dia D do Dezembro Vermelho, no Ceap-Sol, das 8h às 17h.

Na ação serão ofertados ao público diversos serviços em saúde, como exames de ecocardiograma, ultrassonografia, testagem para HIV/Aids e Hepatites A e B, aferição de pressão, teste glicêmico, consultas médicas com infectologista, avaliação nutricional, avaliação fisioterapêutica, além de atendimentos psicológico e social.

As equipes técnicas da SES também realizarão ações de testagem rápida para ISTs (HIV, sífilis e hepatite B). E ainda a entrega de insumos no Serviço Social da Indústria da Construção (Seconci), no dia 09 de dezembro no período da manhã, e logo depois, no dia 11/12, na Agência Brasil Central.

O Hospital Estadual de Doenças Tropicais também lançará o projeto HDT nas Escolas, com a visita da equipe multiprofissional da unidade a instituições de ensino para uma ação educativa com abordagem lúdica sobre a prevenção ao HIV.

O projeto será levado no dia 04/12, às 14h, a Escola Estadual Santa Luzia e no dia 06/12, às 10h, para a Escola Estadual da Polícia Militar Major Oscar Alvelos, na capital.

Selo Prata

Goiás conquistou o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação do HIV em 2024 pela qualidade do trabalho desenvolvido para evitar a transmissão vertical da doença.

A certificação é uma estratégia do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan Americana da Saúde (Opas).

De janeiro de 2020 a agosto de 2024 foram identificados em território goiano 654 casos notificados de gestantes com HIV.

Além da Saúde Estadual, quatro municípios goianos também tiveram o trabalho reconhecido e foram certificados: Anápolis, Jataí, Rio verde e Trindade.

A certificação reflete a qualidade da assistência no pré-natal, parto, puerpério e seguimento da criança, bem como reconhece o processo de trabalho realizado no território e por todos os envolvidos na eliminação da transmissão vertical de HIV e/ou sífilis.

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