Hospital Encore suspende internações pelo SUS

O Hospital Encore, divulgou nesta quinta feira (1), a decisão da diretoria do hospital em suspender as internações do SUS em UTI e dos atendimentos que necessitem da mesma. A atitude foi tomada após a situação de inadimplência dos repasses para UTI ficarem insustentáveis, após tentativas de negociação com a Secretaria Municipal de Saúde e com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia.

O Hospital alertou ainda quanto à preocupação referente aos casos graves e complexos de risco iminente à vida, especialmente do atendimento ao infarto agudo do miocárdio, em que os profissionais das unidades básicas (CAIS e UPA) ficam sem suporte para realizar os atendimentos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o orçamento do município foi aprovado no dia 30 de janeiro de 2018, sendo que a data correta seria 15 de janeiro de 2018. E afirmam que “ a SMS está agilizando os empenhos para o pagamento desses complementos, que devem ser creditado nos próximos dias”.

Quanto aos complementos de diárias de UTI, “houve um atraso de repasse da contrapartida do governo estadual (25%), que pagou somente em dezembro, os valores referentes a março até outubro. A partir do dia em que foi feito o repasse, todo processo foi montado e está seguindo os trâmites para pagamento”, justificam.

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia e a SMS ressaltam também que o Hospital Encore foi o único a suspender os serviços e que os mais de 50 prestadores de serviço na àrea de exames e diagnósticos, além de outros hospitais como o Hospital Garavelo, São Silvestre, Santa Mônica e Pax Clínica seguem sem alterações em seu funcionamento.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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