Hospital Estadual de Anápolis realiza primeira cirurgia vascular em paciente com aneurisma

O Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) realizou sua primeira clipagem de aneurisma, um procedimento de alta complexidade feito através de cirurgia no crânio, para tratamento da doença que afeta as artérias do cérebro. A operação, inédita na unidade, foi comandada pela equipe de neurocirurgia do Heana, durou cerca de 2 horas e 20 minutos e não teve complicações.

“A realização dessa cirurgia é um grande avanço para o estado de Goiás, e o Heana se preparou muito para oferecer esse serviço essencial à população”, destacou o neurocirugião Thiago Dantas. O diretor administrativo do hosptial, Renato Pereira de Souza, comemorou a conquista. “Poder realizar cirurgias desse porte aqui mostra o quanto avançamos e garante que nossos pacientes tenham acesso aos melhores tratamentos”, afirma.

A cirurgia trata o sangramento intracraniano causado pelo rompimento de um aneurisma e é realizada por poucos hospitais. Em Goiás, o Hospital do Centro-Norte Goiano (HCN) também oferece o procedimento aos pacientes do SUS. No Heana, a paciente operada continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde está recebendo cuidados especializados para sua recuperação.

“Essa cirurgia é um exemplo do que buscamos: oferecer à população um serviço público de saúde cada vez mais qualificado e seguindo a diretriz de regionalização da saúde, trabalhada pelo Governo de Goiás”, enfatizou o diretor executivo da Fundação Universitária Evangélica (Funev), que é responsável pela gestão da unidade desde 2019.

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Governo processa 17 planos de saúde por cancelamentos unilaterais

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaurou um processo administrativo sancionatório contra 17 operadoras de planos e quatro associações de saúde por cancelamentos unilaterais de contratos e por práticas consideradas abusivas. Segundo o órgão, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, as práticas provocam graves consequências, como a interrupção de tratamentos essenciais e aumento da judicialização no setor.

A decisão ocorre após a conclusão de um estudo detalhado de monitoramento de mercado que identificou as irregularidades nas rescisões. “A prática, que fere os princípios do Código de Defesa do Consumidor e da regulamentação do setor de saúde suplementar, afeta diretamente a vida de milhares de brasileiros, muitos deles em situação de vulnerabilidade devido a problemas graves de saúde”, diz a Senacon.

Segundo o levantamento do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), as operadoras notificadas têm utilizado lacunas contratuais ou interpretado normas de forma prejudicial ao consumidor para justificar rescisões. A análise feita pela Senacon aponta que os rompimentos unilaterais ocorrem sem justificativa plausível ou descumprem o princípio da continuidade do atendimento.

Quando o processo sancionatório for instaurado, as empresas serão devidamente notificadas e terão prazo para apresentar defesa e corrigir eventuais irregularidades.

Em julho deste ano, a Senacon já havia notificado as operadoras a prestarem esclarecimentos sobre cancelamentos unilaterais de contratos, devido ao aumento expressivo de reclamações registradas nos sistemas consumidor.gov.br e ProConsumidor. Na época, algumas operadoras afirmaram que os cancelamentos ocorreram em contratos coletivos e empresariais e não foram direcionados a pessoas vulneráveis.

Os consumidores podem registrar denúncias junto aos órgãos de defesa, como a plataforma consumidor.gov.br e os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) estaduais.

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