Hospital Estadual de Uruaçu é reconhecido como referência no tratamento contra o câncer pelo Ministério da Saúde

O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade do Governo de Goiás em Uruaçu, acaba de ser habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). Assinada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e publicada na terça-feira (23/04), a Portaria nº 3.575 anuncia o reconhecimento e estabelece o repasse anual de R$ 5.977.645,00 ao HCN. O recurso, que será transferido em parcelas mensais, destina-se ao custeio de ações e serviços de média e alta complexidade para atenção à saúde da população.

O secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, explica que a habilitação é um processo que exige esforço, dedicação e trabalho sério na área de oncologia. “As equipes do HCN e da SES estão de parabéns. Muitas etapas foram vencidas e o esforço de todos foi convertido nessa conquista que vai melhorar ainda mais a assistência oncológica regionalizada, que é um pilar para o governador Ronaldo Caiado”, destaca.

Com a inclusão do HCN, Goiás passa a ter cinco Unacons, cada uma com capacidade para realizar anualmente 3 mil consultas especializadas; 1,2 mil exames de ultrassonografia e de anatomia patológica; 600 endoscopias digestivas, colonoscopias e retossigmoidoscopias. Os outros quatro hospitais com o título de Unacons são o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, na capital; o Hospital Evangélico Goiano e a Santa Casa de Misericórdia, em Anápolis.

Outra unidade oncológica de referência em Goiás, o Hospital de Câncer Araújo Jorge, localizado em Goiânia, é categorizado como Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Futuramente, Goiás contará ainda com o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em construção nas proximidades do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Essa grande unidade contará com 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia e centro de infusão quimioterápica.

Serviços à população

O HCN tem histórico de relevantes serviços prestados à população. Apenas nos dois primeiros meses deste ano, realizou 136 cirurgias oncológicas e 327 altas de pacientes, mais de 700 sessões de quimioterapia e 2.535 consultas, com que há de melhor em tratamento contra o câncer. Seu centro de oncologia, referência no Sistema Único de Saúde (SUS), conta com 21 leitos de internação clínica e 15 leitos cirúrgicos, ambulatório com consultório e quimioterapia, equipamentos de última geração e equipe voltada para tratamento clínico e cirúrgico.

O coordenador de Oncologia da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Kleber Junior Rodrigues Monteiro, destaca que o HCN vem ampliando os atendimentos de forma sistemática. A equipe diretiva da unidade desenvolve um trabalho de orientação, esclarecimentos e demonstração de todos os serviços que são ofertados na unidade. Esse trabalho vem rendendo frutos. Conforme o coordenador, a unidade tem ampliado os atendimentos de forma substancial.

Atendimento humanizado

Além dos equipamentos de ponta, o HCN visa garantir recepção e atendimento humanizados para os pacientes e seus acompanhantes. O centro oncológico conta com espaço específico para os familiares, salão de beleza, oficinas de maquiagem e lenços. Com equipe multiprofissional, a unidade oferece tratamento individualizado, atendimento psicológico e serviço de assistência social, além do acompanhamento feito por oncologista.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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